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São Paulo vence o Benfica, leva Copa Eusébio e encerra jejum

Tricolor derrota equipe portuguesa por 2 a 0 e acaba com série negativa

Time do São Paulo recebe o troféu da Copa Eusébio | Isabel Cutileiro/Divulgação
Time do São Paulo recebe o troféu da Copa Eusébio | Isabel Cutileiro/Divulgação

Enfim, acabou a seca do São Paulo. E foi longe de casa, no Estádio da Luz, em Lisboa (Portugal). Em jogo válido pela Copa Eusébio (promovida em homenagem ao ídolo português), o Tricolor venceu o Benfica por 2 a 0 neste sábado e, finalmente, acabou com o jejum de vitórias, que já durava 14 partidas. Isso sem falar nas seis partidas sem marcar. Aloísio e Rafael Tolói foram os autores dos gols.

Agora, a delegação do clube do Morumbi segue para o último compromisso na excursão pelo mundo, diante do Kashima Antlers (JAP), na quarta-feira, pela Copa Suruga.

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Roteiro dos últimos 14 jogos?

São-paulino, façamos um exercício de imaginação: o que você fez no último dia 29 de maio? O que aconteceu no Brasil e no mundo desde o fatídico dia? Faz tempo, muito tempo. Tempo este que data a última vitória tricolor, diante do Vasco, pelo Campeonato nacional. Lembra? Seleção Brasileira venceu a favorita Espanha, Neymar já atuou contra o Santos e os recordes negativos eram sequer pensados. Neste sábado, a fase mudaria?

Mas, o sentimento de esperança são-paulino para que o time saia dessa situação tem sido tortuoso. Após a passagem por Munique, na Alemanha, a delegação tricolor aterrissou em solo português e, na bagagem, trouxe a sequência de 14 jogos sem vitória. Em novo país, uma nova disposição. Confortados pelos pontos turísticos e religiosos do local, os jogadores tiveram uma nova oportunidade contra o Benfica, pela Copa Eusébio.

O sofrimento, no entanto, apareceu logo aos dois minutos de jogo, com um chute na trave de Lima. E novamente o domínio do adversário prevaleceu diante do São Paulo. Aloísio passou a marcar o lateral-esquerdo Cortez, emprestado aos Encarnados, que fez a sua estreia no Estádio da Luz. Eis que surge uma pergunta, com esse fato: e como fica o contra-ataque da equipe? A resposta: é praticamente nulo. A única boa chance veio aos 43 minutos, em cabeçada do Boi Bandido.

O clube português dominou o primeiro tempo, exigindo boas defesas de Ceni, mas a ineficácia nas conclusões foi preponderante para a igualdade sem gols nos 45 minutos iniciais. Em determinado instante, 71% de posse de bola para os lusos. O goleiro tricolor, aliás, tem salvado o time nesse período, mesmo com a mancha do pênalti perdido contra o Bayern de Munique (ALE), ainda na Copa Audi.

Já o Tricolor, que até então não vencia há 14 partidas, o recorde negativo de sua história, sequer balançou as redes adversárias nos últimos seis jogos. Se chegasse ao 15º duelo sem vitória, igualaria a pior marca do milênio entre os grandes paulistas, que pertence ao Corinthians, entre 2000 e 2001.

O campeão voltou!

Para a etapa final, o técnico Paulo Autuori mudou o engessado esquema com três volantes. Optou por Maicon para dar mais mobilidade ao time. A alternativa modificou totalmente o jogo. O Tricolor passou a tocar melhor a bola e foi recompensado.

Jadson deu passe milimétrico para Aloísio, que apareceu por trás dos zagueiros e deu um toque na saída de Paulo Lopes. Demorou, mas o gol veio. Na comemoração, o sempre guerreiro atacante foi ao banco de reservas para ser abraçado pelos companheiros. A dimensão do tento é gigantesca nessa fase.

Atrás do placar, o Benfica foi à frente, mas o São Paulo soube cadenciar o jogo. Não só cadenciar, como também ampliar! Após cobrança de escanteio, Rodrigo Caio cabeceou e a bola sobrou para Rafael Toloi, que em posição duvidosa, mandou para o fundo das redes. Cortez demorou para sair e pode ter dado condição para a legalidade do lance. O árbitro apontou para o meio-campo. É gol tricolor. É alívio aos tricolores.

O Benfica foi em busca da vitória, mas parou diante da boa marcação do Tricolor, que mostra evolução após as turbulências. Bom também para Ceni, que levanta uma taça em seu último ano de carreira.

BENFICA (POR) 0 X 2 SÃO PAULO

BENFICA: Paulo Lopes, Maxi Pereira (André Almeida – 42’/2T), Luisão, Garay e Cortez; Matic, Enzo Pérez (Ola John – 15’/2T), Markovic (Rúben Amorim – 15’/2T), Djuricic (Rodrigo – Intervalo); Gaitán (Sulejmani – 15’/2T) e Lima. Técnico: Jorge Jesus

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Douglas, Rafael Toloi, Edson Silva e Reinaldo; Rodrigo Caio, Wellington, Fabrício (Maicon – Intervalo) e Jadson (Lucas Evangelista – 34’/2T); Osvaldo (Silvinho – 40’/2T) e Aloísio (Ademilson – 46’/2T). Técnico: Paulo Autuori.

LOCAL: Estádio da Luz, em Lisboa (POR)
DATA/HORÁRIO: 3/8/2013, às 15h45 (horário de Brasília)
ÁRBITRO: Duarte Gomes (POR). ASSISTENTES: Venâncio Tomé (POR) e Pedro Garcia (POR)
PÚBLICO: 30.638 pagantes
CARTÕES AMARELOS: Matic e Maxi Pereira (BEN)
CARTÕES VERMELHOS: Não houve
Aloísio, aos 7’/2T (0-1); Rafael Toloi, aos 17’/2T (0-2)

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