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Xuxa: Em livro, Rainha dos Baixinhos abre o jogo sobre vida íntima e sucesso

Ela não só é Rainha do Baixinhos, como dos “crescidos” também. Xuxa Meneghel atravessou décadas cativando o carinho de gerações do público brasileiro. Tanto sua trajetória profissional quanto pessoal Xuxa Meneghel coloca no papel na sua autobiografia, “Memórias”, lançada nesta semana.

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Tudo que rodeia Xuxa parece ser grandioso. Suas marias-chiquinhas e a eterna disposição encantaram crianças do Brasil e de outros países. Aos 57 anos, ela agora detém o domínio para, com estilo simples e comunicativo, se conectar com o leitor e traçar um panorama de sua trajetória, em que as vidas pessoal e profissional sempre se cruzaram.

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“Não tenho terapeuta, então quem sabe essas próximas linhas não sirvam também como uma terapia?”, diz ela, logo no início do livro, preparando o leitor para temas delicados, como os abusos sexuais que sofreu quando criança, e também relações amorosas – como os namoros com Pelé e Ayrton Senna. É claro, sem se  esquecer do sucesso na TV e no cinema entre as crianças, o que lhe valeu o título de Rainha dos Baixinhos.

Antes da fama no papel de apresentadora, Xuxa foi modelo e sofeu bullying. Mas também conheceu personalidades como Pelé, cujo namoro não vingou porque o ex-jogador era muito mulherengo, e Senna, por quem revela ter muito carinho.

Mesmo com a carreira encaminhada, ela aceitou o convite do diretor Mauricio Sherman para, em 1983, comandar o Clube da Criança, na extinta TV Manchete. Seu sucesso, apesar da inexperiência inicial, chamou atenção da Globo, para onde se transferiu em 1986. O resto é história.

Confira trechos de entrevista sobre assuntos tratados no livro:

Como faz para traçar o limite entre vida privada e pública?

Liberdade é uma palavra que eu pouco uso, já que escolhi para mim a vida que tenho. E quer saber? Amo tudo que vem com ela. É um preço alto às vezes, mas nada que não compense mais à frente.

Seu início na Manchete parece que não foi fácil. Como foi o aprendizado?

Eu ainda não tinha as Paquitas como ajudantes de palco. Só depois de quase um ano fui ter. Nunca fui preparada para a televisão. Havia antes Balão Mágico, Sítio, Vila Sésamo… Mas ninguém para me espelhar nesse novo estilo. Fiz um formato que, depois, foi copiado. E, quando se copia, erra-se menos. Me aventurei, criei, inventei, dei minha cara a tapa, tive erros e acertos e todo mundo viu e acompanhou. Hoje, sou meme por isso, mas, na verdade, eu não tinha noção do que estava fazendo e onde estava me metendo.

De que forma a maternidade te ajudou a lidar com as crianças?

Acho que melhorou meu relacionamento com as mães. Entendi melhor suas reações que, muitas vezes, me incomodavam. Mãe faz tudo por um filho. Pagar mico por um filho, então, era uma coisa normal, que eu sempre via e não entendia muito. Hoje, entendo e concordo: é o papel de quem ama.

Como seria fazer hoje um programa para crianças?

Não tem mais espaço na televisão para isso, mas eu adoraria me aventurar em programas pequenos, como pílulas que pudessem entrar nesse mundo infantil.

SERVIÇO

“MEMÓRIAS”

Xuxa Meneghel

Globo livros

R$ 44,90

303 págs.

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