Ouvir “Imploding the Mirage”, o novo disco do The Killers lançado na última sexta-feira (21), é como escutar músicas que soam, de alguma forma, familiar. Nesse caso, isso é usado pela banda a seu favor, que, com o sexto álbum de estúdio, sedimenta sua trajetória nos ouvidos dos fãs de rock.
Com bagagem de quase duas décadas – 19 anos para ser mais exato –, The Killers sabe como fazer um bom álbum. Desde o lançamento de seu primeiro single, “Mr. Brightside”, uma de suas músicas de maior sucesso comercial, a banda conseguiu cativar atenção para seus trabalhos.
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Na nova obra, o trio formado por Brandon Flowers, Mark Stoermer e Ronnie Vannucci Jr. anda por terreno conhecido. Riffs de guitarra que você já ouviu em algum lugar, mas bem trabalhados na estética que a banda construiu ao longo dos anos, aqui, servem como uma fórmula para construir um trilha sonora eufórica. É possível falar de uma aproximação com o rock de arena, cuja grandiosidade tem como objetivo fazer um mar de gente pular.
Esse rótulo, no entanto, não seria o suficiente para descrever o som atingido. Este é o primeiro trabalho da banda que não tem as guitarras gravadas por Dave Keuning, em hiato do grupo desde 2017. Nas dez faixas, isso fica claro: as cordas estridentes dão lugar a sintetizadores que preenchem com novas texturas as canções. Vale lembrar: algo que já vem sendo bem explorado pela cena indie com o revival dos anos 80, na última década, por diferentes bandas, em um aceno ao synth-pop e synth rock.
É em singles já conhecidos, como “My Own Soul’s Warning”, na abertura, e “Caution”, e outras músicas como “Running Towards a Place” e “When The Dreams Run Dry”, que podemos distinguir certas andanças por esses lados. “My God”, na contramão, soa quase como um hino de arena, apropriado à proposta do disco.
O formato sonoro também vem por influência dos artistas que o trio chamou para ajudar no trabalho. Nomes como Lindsey Buckingham, do Fleetwood Mac, k.d. lang, Weyes Blood, Adam Granduciel, do The War on Drugs, dão suas contribuições.