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Black Is King: Entenda o que está por trás da obra de Beyoncé, uma ode à ancestralidade negra

Divulgação

Se tem algo que Beyoncé conseguiu mostrar com o lançamento de seu mais novo álbum visual, “Black Is King”, é que ela é a dona do pedaço. Utilizando-se de sua influência e uma parceria com a Disney, a artista colocou mais uma vez a cultura negra no centro das atenções, agregando ao debate racial. Mas, veja bem, ela fez isso usando como plataforma uma das histórias mais famosas e lucrativas do conglomerado de mídia e entretenimento mais valioso do mundo.

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“Black Is King” é um álbum visual que acompanha “The Lion King: The Gift”, o disco que ela lançou para o live-action de “O Rei Leão”, do ano passado. O filme, que Beyoncé também escreve e dirige,  foi  disponibilizado exclusivamente na plataforma de streaming Disney+, que ainda não chegou ao Brasil (leia abaixo).

Aliando sua consagrada linguagem de exaltação da cultura negra e das mulheres à história do clássico animado, a cantora cria sua própria narrativa para falar sobre ancestralidade. Com ajuda de um elenco de peso, em sua maioria negro, ela lança mão de elementos de religiões e tradições africanas, agregando à releitura sua própria visão elegante de expressão política, que engloba música, moda, dança e outras artes em sinergia.

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Para ajudar na direção e no roteiro do trabalho, a artista chamou cineastas proeminentes de origem africana. Nomes como Lupita Nyong’o, Pharrell Williams, Naomi Campbell, Jay-Z, Tina Knowles-Lawson, sua mãe, e Blue Ivy, sua filha, também têm participações no longa.

Acompanhada do pop impactante de Beyoncé, com hip hop e R&B, a visualidade da obra é explorada ao máximo, passando por paisagens exuberantes em diferentes países do continente africano, como Nigéria e Gana, além dos Estados Unidos e do Reino Unido. Nas imagens, a multiculturalidade do continente é ressaltada, em detrimento da visão universalizada normalmente utilizada na mídia e na cultura ocidental.

O burburinho em torno do lançamento do álbum visual deixa claro que alguns assuntos ainda precisam ser debatidos. E, nisso, Beyoncé teve êxito: ao incomodar, suscitou a importância de se construir representações negras na cultura pop.  

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