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Olivia de Havilland, de ‘… E o Vento Levou’, morre aos 104 anos

Olivia de Havilland viveu para completar 104 anos em 1.º de julho. Brincou: «Já que cheguei até aqui, quero ir até os 110». Não conseguiu. Morreu neste sábado (25), de causas naturais, enquanto dormia.

Olivia não era só um fenômeno de longevidade, mas ter chegado tão longe certamente acrescentou à lenda da doce Melanie de «…E o Vento Levou», mesmo que o clássico de 1939 esteja sendo contestado como racista pelo movimento #BlackLivesMatter.

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Ostentava vários títulos. Era a mais antiga atriz a ter vencido o Oscar, a única vencedora dos anos 1940 que ainda estava viva, a última das grandes estrelas da era de ouro dos estúdios. Até ao receber título de dame do império britânico pela rainha Elizabeth II, aos 101 anos, foi a mais idosa mulher agraciada.

Dame Olivia Mary de Havilland nasceu em Tóquio, em 1916. A mãe era uma atriz de teatro que tinha ido visitar o irmão e conheceu um amigo dele, filho de um reverendo britânico. Casaram-se e tiveram as filhas Olivia e Joan.

Foram as duas únicas irmãs a terem vencido o Oscar. Joan, que adotara o nome do segundo marido da mãe – Fontaine – ganhou primeiro, em 1941 por Suspeita, de Alfred Hitchcock. Olivia venceu em 1947 e 50, por Só Resta Uma Lágrima, de Mitchell Leisen, e Tarde Demais, de William Wyler.

Foi a primeira mulher a presidir o júri de Cannes, em 1965. Prêmios, honrarias. O maior elogio quem lhe fez foi Katharine Hepburn, outra lenda dos anos de ouro. Quando lhe pediram que conselho daria a um jovem ator ou atriz, Kate foi taxativa: «Nunca exagere. Olhe Spencer Tracy, Humphrey Bogart. Ou, melhor, observe Olivia de Havilland em Tarde Demais e verá o que é uma interpretação superior».

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