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Museu de Arte Sacra de SP completa 50 anos com acervo de peças religiosas em plataforma digital

Abra a playlist no Spotify  com músicas populares brasileiras e curta a maior coleção de obras sacras da América Latina disponível no Google Arts & Culture de sua casa. Esta com certeza não era a comemoração sonhada para os 50 anos do Museu de Arte Sacra de São Paulo, celebrados nesta semana. Mas foi a forma encontrada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa para homenagear o espaço cultural enquanto o país passa pelo distanciamento social causado pela covid-19.

O diretor executivo do museu, José Carlos Marçal de Barros, conta que a ideia inicial era abrir neste mês uma grande mostra barroca com o acervo próprio e peças cedidas por colecionadores: “Normalmente, nosso espaço permite expor apenas 20% de tudo que temos. Para os 50 anos, utilizaríamos todos os locais disponíveis para mostrar muito mais coisa”. A expectativa agora de é trazer o evento para 2021, em data ainda a ser agendada.

O museu funciona há meio século na ala esquerda do Mosteiro da Luz, região central de São Paulo.

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O prédio em si já vale parte do passeio pela história da arte sacra. Ele é um convento de recolhimento de monjas enclausuradas da Ordem das Concepcionistas da Imaculada Conceição, fundado em 1774 por iniciativa da religiosa carmelita Helena Maria do Sacramento.

O museu abriga cerca de 15 mil peças. Entre as mais antigas, uma moeda de Alexandre, o Grande, de quase 2.000 anos. Muitas esculturas têm autores desconhecidos. “Não era hábito que os artistas assinassem as obras colocadas nas igrejas”, diz Barros.

É no estilo barroco, que surgiu no século 16, que estão as principais peças do acervo. Maior nome brasileiro no estilo, Aleijadinho é representado pela escultura de “Nossa Senhora das Dores”. Ela é uma das obras que podem ser vistas no perfil do Museu de Arte Sacra incluído na plataforma Google Arts & Culture. A página que celebra a boda de ouro enquanto o espaço físico está de portas fechadas chegou com outra novidade virtual. O museu ganhou também perfil no Spotify com canções inspiradas nas obras, entre elas “Procissão”, de Gilberto Gil, “Oração ao Tempo”, com Caetano Veloso, e “Romaria”, na voz de Elis Regina.

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