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Artista cria obras com papel para humanizar espaços hospitalares

Obra exposta no hospital São Luiz Tatuapé Divulgação

Ah, a arte. Essa troca de emoções que estimula a criatividade e a mente… Sabia que ela também pode ser levada como terapia? Com obras espalhadas por  restaurantes, hotéis e hospitais (como Albert Einstein, São Luiz, São Camilo e Sírio-Libanês), o arquiteto e artista Enrique Rodriguez acredita nisso e busca humanizar espaços,  principalmente os hospitalares, que costumam ser ambientes de dor e sofrimento.

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Há mais de 14 anos criando conceitos artísticos exclusivos para hospitais, Rodriguez acredita que a arte é como “mais um soldado no combate à pandemia”, já que potencializa a esperança e ajuda em pensamentos positivos dentro da recuperação clínica.

Por meio da “arquitetura do papel”, como denomina sua arte, Rodriguez traz muitas cores em formas tridimensionais na intenção de dar aos pacientes a sensação de bem-estar e conforto momentâneos.

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O artista plástico conta que se inspira na vida “onde mais se luta por ela”. “Minha maior inspiração veio sempre dos espaços hospitalares, onde as pessoas passam às vezes muito tempo internadas junto com os acompanhantes e a arte acaba sendo um alento para os processos de cura.”

Enrique Rodriguez é o responsável pelas obras

E a história de relação de arte com cura não começou do nada. Enrique sofreu um infarto em 2015 quando escalava as montanhas do Himalaia e teve complicações, ficando entre a vida e a morte. Foi submetido a uma cirurgia de emergência para colocar três pontes de safena. “A partir desse momento minha vida deu uma virada”, conta Rodriguez, que deu origem ao seu projeto da Universidade do Papel como agradecimento ao fato de ser sobrevivente.

Mesmo enfrentando um caminho difícil, Enrique busca mostrar que é possível sim transformar a vida das pessoas por meio da arte. “Meu objetivo é transpassar o conhecimento que adquiri em relação ao papel e servir de exemplo a outras pessoas, ensinando a elas que por esse material nobre e democrático se poderia gerar renda.”

O projeto da Universidade do Papel (que fica no bairro Consolação, centro de SP) já ganhou sede na Colômbia e Chile –país natal do artista que mora em São Paulo há 28 anos.

Plataforma online

Para levar a Universidade de Papel e toda essa arte para o mundo virtual, Enrique pretende fazer uma plataforma online que continuará mesmo depois do fim da quarentena. Serão cursos, discussões, aulas, intercâmbio com artistas de outros países, exposições virtuais… Haja arte para explorar.

É um tipo de encontros online de artistas, empresas, indústrias e qualquer pessoa que gosta e tem vontade de começar a trabalhar com o simples (mas incrível) material. A ferramenta virtual ainda está sendo desenvolvida e terá conteúdos em português, inglês e espanhol para atingir a maior quantidade possível de pessoas e, assim, espalhar e contagiar a todos com o poder artístico.

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