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Carnaval carioca já teve Jesus-Oxalá e mendigo; relembre

O desfile da Mangueira deste domingo, 23, não foi o primeiro a mostrar Jesus Cristo de forma pouco usual. Em pelo menos mais dois carnavais, a passagem do líder pela avenida motivou reações controversas – no caso, de autoridades católicas.

No caso mais famoso, a Beija-Flor de 1989 foi impedida por uma ação na Justiça, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, de apresentar com uma escultura de Jesus Cristo mendigo. Em cima da hora do desfile, a solução foi cobrir a alegoria com um plástico preto e colar uma faixa com a frase “Mesmo proibido, olhai por nós”.

A censura acabou causado o efeito contrário, e a imagem se tornou icônica na história do Carnaval.

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A autoria da frase ainda causa discórdia. Há quem defenda que a ideia foi do carnavalesco Joãosinho Trinta, criador do enredo “Ratos e urubus, larguem minha fantasia”. Mas o então diretor de Harmonia da Beija-Flor, Laíla, reivindica a autoria do protesto.

A escola foi vice – o título ficou com a Imperatriz -, e no desfile das campeãs, no sábado, os componentes da escola trataram de arrancar o plástico da escultura durante a passagem pela avenida.

Oxalá
Em 2017, foi a própria Mangueira quem teve que mudar um desfile por causa da imagem de Jesus. Na apresentação oficial, a escola exibiu uma escultura de duas faces: de um lado, Jesus; do outro, Oxalá, orixá do candomblé. A obra, batizada como “Cristo-Oxalá”, foi uma das mais comentadas do Carnaval.

A Velha Manga terminou em quarto lugar, com o enredo “Só com a ajuda do santo”, sobre a relação do brasileiro com as religiões. O resultado a credenciou para o Desfile das Campeãs, no sábado seguinte. Mas, por um pedido da Arquidiocese do Rio à Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), a escola não levou o tripé para a apresentação extra.

O carnavalesco da Mangueira, Leandro Vieira, deixou a obra em exposição posteriormente na Cidade do Samba, local onde se concentram os barracões das escolas de samba, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.

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