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‘A Linha’: Curta em realidade virtual chega ao Voyager após temporada de festivais

Um óculos que te leva do shopping JK Iguatemi, na zona sul, para uma animada cidade de São Paulo da década de 1940. Neste mês, a unidade do Voyager (espaço de experiências de realidade virtual) no centro de compras de luxo incluiu no seu catálogo o curta-metragem “A Linha”, premiado no Festival de Veneza do ano passado.

O filme brasileiro, dirigido pelo cineasta Ricardo Laganaro, desafia a própria tecnologia da realidade virtual ao priorizar observação à interatividade e buscar novos movimentos não comuns em jogos do gênero. “Quisemos fazer as pessoas se surpreenderem desde o começo. Ao contrário do cinema, o VR (sigla para “virtual reality”, ou realidade virtual no inglês) usa o corpo como ferramenta para que a experiência aconteça. O cinema esquece que existe um corpo”, explica o diretor. “Estamos acostumados a vivenciar histórias com o olho e com o ouvido. Quanto mais camadas forem envolvidas, mais nos sentimos presentes.”

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Em um espaço vazio do “parque de diversões virtual” que é o Voyager, a narrativa de “A Linha” começa no chão. O espectador sentado assopra um livro antigo – se não conseguir assoprar, como eu, a narradora dá uma força – e, depois de uma introdução, é convidado a se levantar. “A ideia era surpreender. Os movimentos nos jogos sempre foram relacionados à competição, à dança, ao esporte, mas em um romance não se espera isso.”

O ambiente escuro lembra um galpão, com janelas pequenas ao alto e uma grande maquete ao centro que imita a capital paulista na primeira metade do século passado. Espalhados no cenário, trilhos levam bondes, bicicletas e pessoas em uma rotina repetitiva. “A maquete foi uma solução que encontramos para contar a história em um espaço pequeno. Em poucos passos você atravessa toda uma cidade.”

Ao redor da mesa, diferentes botões ajudam o protagonista do curta a seguir seu trajeto, em uma crônica de amor de dois personagens cujos caminhos nunca estão sincronizados. “Pensamos em uma experiência de realidade virtual que não fosse apenas para o jogador. É uma trama sensível em um espaço acostumado com temas fantásticos, seja no espaço sideral, em campos de batalha ou em lugares desconhecidos.”

«A Linha» deixa o espectador imerso e comprometido por 15 minutos e finaliza com uma mensagem positiva de coragem para explorar o novo. O curta deixa a sensação de querer mais e o estúdio ARVORE, responsável pelo curta, já trabalha em um novo título. «Queremos colocar duas pessoas para assistir e interagir juntas em uma trama sobre a polarização, tema tão atual na nossa sociedade.»

Serviço

O Voyager do shopping JK Iguatemi dá acesso às experiências por períodos de tempo, custando a partir de R$ 19,90 (15 minutos, de segunda a quinta) a R$ 69,90 (60 minutos, de sexta a domingo). Além do curta-metragem, é possível jogar títulos em VR como o jogo de ação «Super Hot» e o musical «Beat Saber». Dois «escape rooms» baseados na franquia Assassin’s Creed são cobrados separadamente.

Voyager JK Iguatemi

Dias e horários: De segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo, das 14h às 22h
Onde: Av. Pres. Juscelino Kubitscheck, 2041 – 3º piso – Vila Olímpia
Preços:
15 minutos: R$19,90 (de segunda a quinta) e R$29,90 (de sexta a domingo).
30 minutos: R$34,90 (de segunda a quinta) e R$49,90 (de sexta a domingo).
60 minutos: R$59,90 (de segunda a quinta) e R$69,90 (de sexta a domingo).
Escape: R$ 84,90 (de segunda a quinta) e R$94,90 (de sexta a domingo). Mínimo 2 pessoas para jogar Escape.
Idade: acima de 10 anos

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