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Quadra, novo álbum do Sepultura, trilha caminho conceitual

O Sepultura lançou este mês seu 15º disco de estúdio, Quadra, trazendo 12 faixas inéditas. Todas ressoam um mesmo conceito, o de que a vida real seja como uma quadra. Quem explica é o guitarrista Andreas Kisser: «É um território delimitado com um conjunto de regras onde um jogo acontece, tem um uniforme a se vestir e a posição de onde você vem influencia a forma como você vê o mundo».

Para ele, esse conceito inicial que serviu de força motriz para o disco ajuda a abordar diversos assuntos delicados, como depressão e até a questão indígena. Por exemplo, a música Isolation, apresentada pela primeira vez no Rock in Rio 2019, fala sobre prisão. Last Time tem uma letra que versa a respeito de vício. Há até mesmo uma faixa sobre Muhammad Ali: «Ele mudou de nome e falou não para a Guerra do Vietnã. Foi uma pessoa que quebrou a ‘quadra’ de onde veio, não se deixou ser o que as outras pessoas queriam que ele fosse», comenta o guitarrista. Além de Kisser, o grupo é composto atualmente por Derrick Green (voz), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria), e é o principal expoente do metal nacional. Um dos destaques de Quadra é a participação de Emmily Barreto, a vocalista do Far From Alaska.

Inspiração

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Em termos de sonoridade, o Sepultura e o Black Sabbath não poderiam ser mais diferentes, mas não é por acaso que a música Roots Bloody Roots, lançada pela banda brasileira em 1996, faz referência direta a Sabbath Bloody Sabbath, de 1973. Se suas músicas não soam semelhantes, a banda de Ozzy Osbourne e companhia está na raiz da árvore genealógica que originou o Sepultura.

«É a minha banda favorita», diz Kisser, lembrando que, em 1992, o Sepultura chegou a tocar no mesmo palco que os integrantes originais do Black Sabbath, em uma reunião na Califórnia.

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