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Antes de confirmar entrada na Cultura, Regina Duarte escolhe reverenda como secretária-adjunta

Globo/Divulgação

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Mesmo sem ter confirmado a sua entrada no governo Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte escolheu nesta quinta-feira, 23, como «número 2» da Secretaria Especial de Cultura a reverenda Jane Silva, atual secretária de Diversidade Cultural da pasta.

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Jane Silva e Regina Duarte

Jane ocupará o cargo de secretária-adjunta da Cultura «até que haja uma definição sobre a nomeação de Regina Duarte». A informação foi confirmada nesta quinta, 23, pela Secretaria Especial de Cultura. Segundo a pasta, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), participou da escolha.

Como adjunta, a reverenda atuará automaticamente como chefe interina da Cultura, já que o cargo de secretário da pasta está vago desde a última sexta-feira, 17, quando o dramaturgo Roberto Alvim foi demitido por parafrasear discurso do nazista Joseph Goebbels.

O cineasta Josias Teófilo disse na quarta-feira, 22, ao jornal O Estado de S. Paulo ter sido sondado ao cargo de secretário-adjunto da Cultura. «Não tem nada certo ainda. Regina está sendo consultada, vai responder ainda», afirmou. Ele ficou conhecido pelo seu primeiro filme, O Jardim das Aflições, sobre o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, do qual Josias tornou-se amigo pessoal.

A vaga de «número 2» da Cultura ficou em aberto ontem, 22, quando José Paulo Soares Martins foi exonerado do cargo de secretário-adjunto. Para a reportagem, ele disse que não sabe o motivo de sua saída. A exoneração foi publicada hoje.

No último dia 14, um e-mail sobre «objetivos» para 2020, enviado «em nome» do ex-secretário-adjunto a chefes da Secretaria de Cultura e a órgãos vinculados, como a Agência Nacional de Cinema (Ancine), endossava o discurso de «guerra cultura» defendido por Alvim.

A mensagem, divulgada pelo The Intercept, a qual o jornal O Estado de S. Paulo também teve acesso, afirma que a cultura no Brasil deveria ser norteada em «princípios e valores da nossa civilização» e «profunda ligação com Deus». O mesmo texto cita ainda «luta contra o que degenera».

O texto causou constrangimento dentro do governo e foi considerado «fora do tom» por gestores da cultura ouvidos pela reportagem. Martins afirmou à reportagem «que apenas reproduzia as orientações do então secretário da Cultura (Alvim)».

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