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Irmãos Lumière, pioneiros do cinema, ganham mostra no CCBB

Em exibição, 190 filmes produzidos entre 1895 e 1905 e obras de nomes influenciados por eles, como Jean Renoir e Dziga Vertov

Embora Thomas Edison seja considerado o “pai das imagens em movimento” pela invenção do cinematógrafo, em 1888, os irmãos franceses Louis e Auguste Lumière foram tecnologicamente e artisticamente de importância igual ou maior para o desenvolvimento do cinema.  Entre 1895 e 1905, a Societé Lumière, fundada por eles, produziu um impressionante catálogo hoje estimado em 1.428 filmes.

A mostra «Lumière Cineasta», que estreia nesta quarta-feira (15) no CCBB (rua Álvares Penteado, 112 – Centro, São Paulo; tel.: 3113-3651. 9h às 21h, exceto às terças. R$ 10), traz 190 filmes produzidos em todo o período de vida da empresa. Além deles, obras de diretores que foram influenciados pelo trabalho dos franceses também estão contempladas. Nomes como Jean Renoir, Dziga Vertov, Harun Farocki, Buster Keaton e Andy Warhol.

Ao todo, serão 19 programas com produções agrupadas por temas como “Ângulos da Cidade”, sobre a vida urbana, “Operários, Camponeses”, que aborda o trabalho, e “A Vida em Ato”, focado no registro familiar.

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Filhos de Antoine Lumière, notável pintor de retratos e fornecedor de suprimentos fotográficos, os irmãos frequentaram uma escola de comércio, mas Louis sofria de dores de cabeça crônicas e desistiu. Ele então começou a experimentar o equipamento fotográfico de seu pai e, ao fazê-lo, desenvolveu um jeito melhor de preparar chapas. Louis posteriormente construiu um ateliê para reproduzir sua inovação e, em meados da década de 1890, tornou-se o principal fabricante de produtos fotográficos na Europa.

Em 1895, ele criou e patenteou o cinematógrafo, equipamento que revolucionou o cinema antigo por ser  compacto e fácil de transportar. Os filmes dirigidos com Auguste e sua invenção foram mantidos em segredo até dezembro daquele ano, no Grand Café, no Boulevard des Capucines. O público ficou emocionado com a projeção de “La Sortie de l’usine”, ou “Saída da Fábrica”, em português, com 47 segundos, que mostra trabalhadores saindo da fábrica Lumière para o intervalo do almoço. A projeção levou os irmãos a viajarem a outros países para demonstrarem sua magia.

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