Há 30 anos o maestro italiano Francesco Lotoro decidiu se dedicar a resgatar partituras de músicos que passaram por campos de concentração, em um trabalho delicado, que envolve muita pesquisa e sensibilidade, e parte desse tesouro será apresentado hoje, no Auditório Simon Bolívar, no concerto “O Maestro – Em Busca da Última Música”.
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O projeto começou em 1988, quando uma sonata de piano do tcheco Gideon Klein chegou a suas mãos. O músico foi deportado para o campo de Terezín em 1941 e transferido para Auschwitz em 1944. No ano seguinte, morreu nas minas de carvão de Fürstengrube. “A partir dela decidi pesquisar outras obras e a ideia inicial eram os campos judeus, mas estendi a pesquisa entre os anos de 1933, com o início do nazismo na Alemanha, até 1953, com a morte de Josef Stalin”. Desde então, o maestro já catalogou mais de 1,6 mil compositores e transcreveu cerca de oito mil obras musicais
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O concerto marca a abertura das comemorações dos 75 anos da libertação dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial e terá a participação especial do maestro João Carlos Martins. “Esse concerto é um triunfo da música contra a tragédia e o sofrimento humano”, enfatiza Lotoro.
A noite contará com uma descoberta feita no Brasil. Em 2015 Lotoro se encontrou com a polonesa Bela Lustman, sobrevivente do Holocausto e que mora no Rio. “Ela tinha 14 anos quando era prisioneira do campo de trabalhos forçados de Pachnik, na antiga Checoslováquia, e compôs uma bela canção com duas amigas”, conta.
O evento é uma iniciativa da organização ambiental KKL Brasil e parte da renda dos ingressos será revertida para o projeto do maestro em dar continuidade a pesquisa de novas partituras com os poucos sobreviventes do Holocausto ainda em vida.