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Scooby vai continuar se arriscando em ondas gigantes: ‘Não tenho medo da morte’

Pedro Scooby viveu momentos de tensão quando surfava nas praias de Nazaré, em Portugal, na semana passada. Em entrevista ao programa 90 Minutos, da Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira, 18, o surfista disse que a sensação foi de estar “sozinho dentro de uma máquina de lavar batendo”.

Segundo o atleta, após ser engolido pela água, ele passou 1 minuto e 5 segundos tentando incansavelmente retornar à superfície. Enquanto isso, via as ondas passarem sobre ele, mas não ouvia os gritos dos amigos tentando localizá-lo para prestar socorro imediato.

Scooby já conhecia o local. Ele frequenta Nazaré, conhecida por abrigar as maiores ondas do mundo, há 7 anos. «Quando eu caí, já senti que era uma onda bem grande. Normalmente você cai, toma o caldo, e levanta para a superfície para respirar, até outra onda bater em você ou alguém te resgatar. O que aconteceu foi que eu demorei muito. Não conseguia subir. Fui muito fundo e senti que estava demorando. Vi a segunda onda passando e isso é uma preocupação no surfe das ondas gigantes: você ficar duas ondas debaixo d’água; é algo que acontece pouco. Muita gente apaga quando isso acontece. Quando vi a segunda onda passando, pensei: ‘ferrou’. Depois que passou a terceira bateu um desespero um pouco maior porque eu já estava sem forças. Quando subi eu não estava enxergando mais nada», relembrou.

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Durante a entrevista, ele fez questão de relembrar que o surfe é sua profissão. «Tem todo um movimento por trás disso. Não é brincadeira. Como não é cultural no Brasil, as pessoas acham que estamos indo ali para nos matar, mas não é assim. Existe muito investimento», explicou.

Apesar do susto, Scooby afirmou que não existe uma maneira de se proteger. «Surfe é você lidar com a natureza, então não tem como premeditar o que vai acontecer. Às vezes você faz só um movimento e já vai muito para dentro da onda e não tem mais como sair. Eu sou um nada perante aquele lugar ali. Não tenho força nenhuma. Imagina toda aquela pressão, aquele mar gigante. Eu tento sair, mas não tem como ir contra, não tem comparação, não tenho controle nenhum sobre aquilo».

O ex-marido de Luana Piovani ainda garantiu que continuará encarando as ondas gigantes pelo mundo [após o acidente]. «Não muda nada na minha vida. Vou continuar igual, focado igual. Essa preparação psicológica já tenho antes de entrar no mar. Já sei que pode acontecer alguma coisa comigo e não tenho medo nenhum da morte, é minha profissão, meu trabalho, todo meu sustento, nunca vou parar de fazer isso. Quando a gente está perto da morte, a gente se sente mais vivo», concluiu.

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