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Jorge Fernando: Em quase 40 anos atrás das câmeras, diretor criou ‘grife’ na TV

Jorginho em "Ciranda, Cirandinha", sua estreia na TV, como ator, em 1978 Nelson Di Rago/Globo

Com a morte de Jorge Fernando, no domingo (27), foi-se também uma parte importante da memória televisiva. O diretor carioca criou uma grife de personagens e cenas cheias de personalidade – e, na maioria das vezes, tendo o humor como assinatura.

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Nascido em 29 de março de 1955, Jorginho colocou o pé na arte como ator. Começou aos 17 anos, quando adaptou o clássico «Zoo Story», de Edward Albee, em um monólogo que levava para escolas e outros lugares longe do circuito de palcos. Na TV, estreou em 1978, na série «Ciranda, Cirandinha», em que interpretou Reinaldo, um dos protagonistas ao lado de Fábio Jr, Lucélia Santos e Denise Bandeira (veja abaixo trecho publicado pelo ator Lucio Mauro Filho no Instagram).

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Ainda à frente das câmeras, fez parte do elenco de histórias clássicas como «Pai Herói» (1979) e «Água Viva» (1980).

Seu olhar inquieto o levou para a direção e teve como «padrinhos» Roberto Talma e Paulo Ubiratan  na novela «Coração Alado», também em 1980.

No ano seguinte, começou duas de suas grandes parcerias, com o diretor Guel Arraes e com o autor Silvio de Abreu. Atuou e dirigiu, com Guel, em «Jogo da da Vida», escrita por Silvio. Com os dois, foi responsável pela impagável primeira versão de «Guerra dos Sexos» (1983), que contou com Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Gloria Menezes e Tarcisio Meira, entre outros.

Já nos anos 2000, estabeleceu outra parceria muito bem-sucedida, com o autor Walcyr Carrasco, a partir de «Chocolate com Pimenta» (2003), seguida por «Alma Gêmea» (2005), «Sete Pecados» (2007) e «Caras e Bocas» (2009), além da direção de núcleo de «Êta Mundo Bom» (2015).

Sua última novela foi «Verão 90», exibida neste ano.

Relembre os destaques da carreira de Jorginho como diretor:

  1. Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos
  2. Sol de Verão (1982), de Manoel Carlos
  3. Guerra dos Sexos (1983), de Silvio de Abreu
  4. Vereda Tropical (1984), de Carlos Lombardi
  5. Cambalacho (1986), de Silvio de Abreu
  6. Brega & Chique (1987), de Cassiano Gabus Mendes
  7. Que Rei Sou Eu? (1989), de Cassiano Gabus Mendes
  8. Rainha da Sucata (1990), de Silvio de Abreu
  9. Vamp (1991), de Carlos Lombardi
  10. A Próxima Vítima (1995), de Silvio de Abreu
  11. Chocolate com Pimenta (2003), de Walcyr Carrasco
  12. Alma Gêmea (2005),  de Walcyr Carrasco
  13. Ti-ti-ti (2010), de Maria Adelaide Amaral, a partir de história original de Cassiano Gabus Mendes

 

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