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Sem vocalista, Nova Orquestra revive Led Zeppelin em São Paulo

O Led Zeppelin é uma das bandas que surgiu no momento certo com as pessoas certas. Após o fim da banda em 1980, com a morte do baterista John Bonham, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones fizeram os seus pequenos retornos, mas de modo à revisitação.

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O grupo foi o reflexo de uma época por meio de uma técnica musical revolucionária. Portanto, a ideia da Nova Orquestra em realizar um show «Led Zeppelin in Concert» como homenagem aos roqueiros é totalmente válida, pois mantém a memória viva de uma cultura já marcada e que não vai voltar – e o fato de não retornar não é algo ruim.

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A apresentação aconteceu no Allianz Parque Hall no domingo (20). Conduzida pelo maestro Eder Paolozzi, a performance dos músicos teve toda a cara de show de rock: muito público (5000 pessoas), empolgação e instrumentos característicos do estilo (bateria, baixo e guitarra).

É curioso como acrescentar elementos da música clássica na obra do Zeppelin soa natural devido à influência do blues na banda. Logo, «Dazed and Confused» e «No Quarter» foram dois dos grandes trunfos da noite por essa mistura fluida de sonoridades.

Contudo, também é impressionante como os clássicos nunca vão cair no ostracismo. A introdução de bateria em «Rock and Roll», por exemplo, ainda resume toda a brutalidade estilosa dos britânicos.

Sem vocalista

O show não teve vocalista. Paolozzi chegou a afirmar antes do espetáculo que «a voz do Robert Plant vem do público e isso garante uma atmosfera emocionante e totalmente surpreendente».

Porém, durante a apresentação ele pediu aos espectadores para cantarem mais. A falta de um cantor realmente foi sentida em parte no evento por dois motivos.

O primeiro é Robert Plant. Como uma das grandes vozes do rock, não reproduzi-la soa estranho, principalmente para uma atração que traz o clima para cantar alto e balançar os cabelos.

E Plant era especialista em incentivar isso com o seu carisma, o que nos leva ao segundo motivo. Não havia um fio condutor no show e, apesar do desempenho excelente da Nova Orquestra, seria um ótimo bônus ter uma voz no palco.

Jonathan Corrêa, do Ego Kill Talent, seria uma opção muito válida, especialmente pela grande participação de Raphael Miranda, o baterista e baixista  do grupo, em «Immigrant Song». Eduardo Falaschi talvez…

Veja alguns momentos do «Led Zeppelin in Concert»:

Staff Images Staff Images Staff Images Staff Images Staff Images

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