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Mort Cinder: Clássico das graphic novels é favorito no HQ Mix

“Mort Cinder”, novela gráfica sobre um ser imortal, o “homem das mil mortes”, que se reergue uma vez mais de sua tumba, é a obra máxima de uma das maiores duplas da nona arte. Publicada originalmente em capítulos, entre 1962 e 1964, na revista argentina Misterix, ganhou versão de luxo apenas recentemente no Brasil, pela Figura Editora.

A união do roteiro profundamente humano de Héctor Oesterheld com a arte expressionista de Alberto Breccia culminou numa realização indispensável para todo o fã do gênero. E, por isso mesmo, o tomo de 232 páginas é um forte concorrente ao 31º Troféu HQ Mix, na categoria de Melhor Álbum de Autor Estrangeiro lançado em 2018. O anúncio dos vencedores será feito hoje, e a cerimônia de entrega dos troféus acontece dia 15, no Sesc Pompeia.

Héctor Germán Oesterheld nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1919. Geólogo de profissão, enveredou pela literatura logo na juventude. Em 1951 publicou sua primeira HQ, “Ray Kitt”, junto com Hugo Pratt, a qual marcou o início dessa mítica dupla que logo apresentaria o inovador faroeste “Sargento Kirk”. “Bull Rocket”, um de seus personagens mais populares, foi desenhado por nomes como Campani e Solano López. A saga de ficção-científica “O Eternauta”, parceria com López, se tornou um clássico.

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Na extensa obra de Oesterheld sempre esteve presente o espírito humanista e combativo. Em parceria com Alberto Breccia, fez as biografias em quadrinhos de Che Guevara e Evita Perón, e uma segunda versão de “O Eternauta”, com novo roteiro que lhe deu um forte tom político. Durante a ditadura militar na Argentina, em 1977, Oesterheld foi sequestrado pelas Forças Armadas. Estima-se que o autor tenha sido assassinado, pois nunca acharam seu corpo.

Alberto Breccia (1929-93) nasceu em Montevidéu, Uruguai, mas aos três anos se mudou com a família para a Argentina, país que passaria a ser seu lar definitivo. Começou a desenhar ainda muito jovem, de maneira autodidata. Aos 19 anos, passou a publicar ininterruptamente. A primeira colaboração entre entre os dois foi em “Sherlock Time”, de 1958. “Mort Cinder” viria logo na sequência.

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