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Vanguart homenageia folk de Bob Dylan em álbum tributo

A trajetória do Vanguart deve muito a Bob Dylan. Afinal, ao lado de nomes como Johnny Cash, Neil Young e Woody Guthrie, o folk do músico americano foi uma inspiração quase motriz para o quarteto formado em Cuiabá (MT) em 2002.

O recém-lançado álbum “Vanguart Sings Bob Dylan” é, portanto, um tributo e também um agradecimento ao artista eleito Nobel de Literatura em 2016.

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São 16 faixas de várias fases, indo da superpopular “Blowin’ in the Wind” a outras menos conhecidas, como “Simple Twist of Fate”. Elas somam mais de uma hora de disco em covers que se preocupam menos em inventar a roda e mais em honrar o legado deixado por Dylan, hoje com 78 anos.

“Não tivemos uma intenção necessária de fugir da obviedade. Nosso critério de abordagem foi muito mais afetivo”, afirma o vocalista Hélio Flanders. “Sentimos que algumas canções não deveriam ser mudadas, como ‘Like a Rolling Stone’ e ‘Tangled Up in Blue’, porque a sonoridade delas, somada às letras, carrega muito de suas forças”, completa ele.

Boa parte das faixas já havia sido testada pela banda em um show dedicado ao repertório de Dylan que está há alguns anos na estrada. O disco apenas oficializa o que o conjunto – formado ainda por Reginaldo Lincoln (voz, guitarra, violões), Fernanda Kostchak (violino) e David Dafré (guitarra) – já vinha testando nos palcos.

“Priorizamos as músicas que nos deixavam mais felizes, além de termos uma leve preocupação em introduzir a obra do Bob Dylan para os fãs da banda que não são tão familiarizados com ele”, explica Flanders, também responsável por instrumentos como violão, guitarra, piano e gaita.

Essa atenção resvala nos shows, nos quais um telão apresenta a tradução para as letras das músicas. “Nem todo mundo fala inglês, e acho importante para o espectador adentrar mais em seu universo e até entender porque ele ganhou um Nobel”, afirma.

Para o vocalista, é impossível dissociar a sonoridade de Dylan da poesia de suas letras, que lhe renderam o prêmio da Academia Sueca. “Suas melodias são muito ricas e muito pouco usuais, especialmente nos anos 1960. Elas se somam a uma belicosidade poética que inédita até hoje”, conclui. 

O próximo show do Vanguart em São Paulo acontece de 31 de agosto, no Cine Joia.

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