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Gamer perde contrato com marca após acusação de ‘preconceito contra homens’

A streamer de jogos Gabi Cattuzzo foi alvo de ataques e reclamações da comunidade gamer no Twitter, YouTube e outras redes sociais.

Após ter tuítes e trechos de suas transmissões ao vivo repercutidos e criticados, o repúdio à influencer culminou em nota da marca de equipamentos para jogos, Razer, anunciando o fim de seu contrato de divulgação com Gabi.

Entenda o caso


Gabi Cattuzzo é uma influenciadora digital, que cresceu dentro da comunidade de jogos online através de transmissões ao vivo de suas sessões de jogo. Ela também mantinha parceria com a marca Razer, integrando «um time de influenciadores chamados para usar e divulgar os produtos», de acordo com a empresa.

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A polêmica em torno da jovem nasceu após um tuíte seu, em resposta a um comentário de teor sexual direcionado a ela. Em sua conta, Gabi havia postado uma foto montada em um touro mecânico. Um de seus seguidores, em seguida, respondeu: «pode montar em mim à vontade».

Irritada, a gamer escreveu: «Sempre vai ter um macho f*dido para falar m*rda e sexualizar mulher até quando a mulher tá fazendo uma piada, né?». Em seguida, ela solta o comentário que provocou a ira de usuários da rede social: «É por isso que homem é lixo».

Logo após a publicação, outro seguidor criticou a «generalização» da crítica de Gabi, e a resposta da garota desagradou ainda mais seu público: «Quando a gente fala esse tipo de coisa vem os caras ‘ai mas não generaliza, não é todo mundo’ e na primeira oportunidade fica sendo escroto com mina. Homem que não é merda é exceção, não maioria.»

Gabriela passou a receber xingamentos e, segundo a própria, foi vítima de ameaças pessoais e à sua família. As declarações foram printadas e repostadas em diversos perfis, inclusive no de outra influenciadora da comunidade gamer, que atende pelo apelido «Ayu», e foi uma das primeiras a pedir o fim do contrato de Gabi com a Razer. No site «Petição Pública», um abaixo-assinado pede o fim da parceria entre a influencer e a marca, com 941 assinaturas às 18h03 de segunda-feira.

Na petição, Cattuzzo é chamada de «extremista e agressiva», «odiosa», e «militante de movimentos de ódio». Nos comentários, outros usuários continuam a crítica: «Fêmea escrota tem que ser exposta mesmo».

Adicionalmente ao tuíte, um trecho de uma transmissão ao vivo de 2017, feita por Gabi, também foi alvo de rechaço. No vídeo, a youtuber se enfeza e xinga espectadores de sua live.

A cena foi recuperada, espalhada novamente pelas redes, e utilizada pelos críticos da jovem para engrossar sua imagem de «preconceituosa» e «agressiva».

Fim do contrato


Após intensa demanda dos críticos pelo fim das relações da Razer com Gabi Cattuzzo, a marca se posicionou publicamente nas redes sociais no final desta tarde (24).

«A Razer Brasil reforça que a opinião dos seus influenciadores não representa ou reflete, necessariamente, a opinião da empresa, que é totalmente contrária a qualquer tipo de discriminação (…) ou qualquer tipo de intolerância e extremismo», reiterou a empresa. Ainda, foi informado que o contrato de Gabi Cattuzzo com a marca expira em alguns dias, e não será renovado.

A gamer publicou em seu Twitter um texto explicando «seu lado da história», e desculpou-se por seus comentários na rede social e também sua postura durante a transmissão ao vivo.

https://twitter.com/gabicattuzzo/status/1143179900574228480

Ela, no entanto, lamenta a «caça às bruxas» que afirma ter sofrido. Gabriela também anunciou um afastamento temporário das redes sociais após ler ameaças direcionadas a si. Algumas destas foram printadas, e publicadas em seu perfil:

https://twitter.com/gabicattuzzo/status/1142997769222799362

«Esta é a minha última declaração sobre o assunto, espero que tenha sido esclarecedora aos que ainda tenham alguma dúvida», escreve Gabi, ao final de seu posicionamento via ferramenta Twitlonger. «Tenham todos uma excelente semana».

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