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Movimento quer reafirmar identidade negra de Machado de Assis

Machado de Assis dispensa apresentações: um dos maiores nomes da literatura brasileira, senão o maior, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, se tornou mundialmente por seu estilo singular de escrita e por ser um escritor branco. Certo?

Errado! Embora sua mãe, Maria Leopoldina da Câmara Machado, fosse de origem portuguesa, seu pai Francisco José de Assis era descendente direto de escravos. Por isso, Joaquim Maria Machado de Assis era, na verdade um homem mulato.

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Como ele viveu em uma época em que praticamente todos os escritores eram brancos, é comum que a maioria dos brasileiros sequer parem para notar que Machado era singular também pela cor de sua pele. Por isso, a percepção da identidade negra do escritor é quase sempre anulada.

Pensando nisso, a agência publicitária Grey Brasil, em parceria com a Faculdade Zumbi dos Palmares, criou uma campanha no ano passado para reparar esse erro histórico. O movimento Machado de Assis Real tem chamado a atenção e, por isso, concorre ao Cannes Lions 2019, maior prêmio de comunicação e marketing do mundo.

«A comunicação tem o poder de transformar a sociedade», afirma a CEO da Grey Brasil, Marcia Esteves. Para a agência, além de corrigir essa falsa percepção, a campanha também é uma forma de fazer com que as novas gerações já saibam da real identidade de Machado de Assis desde o primeiro contato.

Para participar do movimento, basta acessar o site e imprimir a foto do escritor enfatizando a cor da sua pele. A ideia é colar em cima de fotos de Machado em que sua etnia não esteja evidente.

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