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Festival do Fado destaca lançamentos dos músicos António Zambujo e Carminho

António Zambujo: Tiago Cação/Divulgação | Carminho: Mariana Malton/Divulgação
capa do avesso

Hoje é uma data de tripla comemoração para qualquer um com alguma relação de ordem lusitana. O dia 10 de junho é, ao mesmo tempo, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

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Por causa disso, dois dos maiores ícones da música portuguesa contemporânea estão no Brasil para realizar o Festival do Fado, que acontece nesta segunda (10) e terça-feira (11), às 20h, no Teatro Opus (av. das Nações Unidas, 4.777, Shopping Villa-Lobos; de R$ 120 a R$ 180).

Ambos trazem consigo novos trabalhos que renovam seus repertórios e ampliam o entendimento do público brasileiro do que é a música portuguesa atual.

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A apresentação desta segunda fica a cargo de António Zambujo. Aos 43 anos, o músico natural de Beja, no Alentejo, tem se distanciado nos últimos anos do fado, gênero que o consagrou no início da carreira e que lhe rendeu o prêmio de melhor intérprete masculino de fado em 2006.

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Depois de realizar “Até Pensei que Fosse Minha” (2016), um álbum dedicado a canções de Chico Buarque, ele chega ao Brasil agora com as faixas de “Do Avesso”.

Lançado em abril, o disco reúne 14 faixas com identidades bastante próprias, que passeiam pelo o folk, o soul e a MPB – há músicas compostas por Arnaldo Antunes (“Até o Fim”) e Milton Nascimento (“Fruta Boa”), mas também por novos nomes portugueses, como Luísa Sobral e Márcia.

capa maria

O show de terça fica por conta da principal cantora de fado do momento. Filha da fadista Teresa Siqueira, Carminho tem 34 anos, mas carrega em sua voz a força dramática de toda uma vida.

O gênero é defendido a partir do recém-lançado álbum “Maria”, também elaborado após uma investida na música brasileira – o disco anterior da artista trazia releituras de Tom Jobim (1927-1994).

“Maria” remete ao primeiro nome de Carminho e representa uma retomada dela às suas raízes do fado. Isso faz com que este seja um trabalho extremamente pessoal, algo revelado desde a abertura, na qual ela sustenta, apenas com a própria voz, a faixa “A Tecedeira”.

A canção é de total autoria dela, assim como “Estrela”, “A Mulher Vento” e “Poeta”, reforçando o caráter pessoal do álbum.

O Festival do Fado se completa com uma palestra que precede os shows, bem como exibição de vídeos temáticos.

O Dia de Portugal também ganha celebração nesta segunda, às 20h, na Unibes Cultural (r. Oscar Freire, 2.500, Sumaré, tel.: 3065-4333), com uma apresentação que coloca o piano do português Mário Laginha para conversar com o bandolim do brasileiro Hamilton de Holanda, em uma noite de jazz e world music. Os ingressos são gratuitos e podem ser reservados pelo site unibescultural.org.br.

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