Nos Estados Unidos, o debate em torno do aborto esquentou após movimentações em Estados como o Alabama e a Geórgia ameaçarem a legislação que, atualmente, vigora em favor do poder de decisão das mulheres. Ao mesmo tempo, na Europa, o estilista Alessandro Michele, da Gucci, buscou inspiração no movimento feminista para compor o mais recente desfile da grife.
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As roupas transitam entre mensagens literais e mais subjetivas – entre um desenho do aparelho reprodutor feminino, bordado em um dos vestidos, e um slogan do movimento feminista muito utilizado para defesa do direito ao aborto, o «Meu Corpo, Minha Escolha» («My body, my choice»).
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Sediado no museu Capitolini, em Roma, o show trouxe peças de visual setentista, adornadas com frases, símbolos e até datas importantes para o movimento, e que advogam a favor da «liberdade, igualdade e expressão individual», segundo a marca.
O desfile ecoa os valores já defendidos na Chime, campanha global da Gucci fundada em 2013, que propõe unir e fortalecer vozes que clamem pela igualdade de gênero. Em entrevista, Alessandro Michele falou sobre a motivação em abordar questões de gênero e, mais especificamente, do aborto, ao criar suas peças:
«Entre outras citações, há referências [na coleção] aos anos 70, um momento em que as barreiras eram mais turvas do que hoje. Era um momento histórico no qual mulheres finalmente rejeitaram todas as amarras impostas em séculos anteriores, e tornaram-se livres», explica.
«É inacreditável que ao redor do mundo ainda existam pessoas que acreditam poder controlar o corpo, a escolha de uma mulher. Eu sempre estarei do lado da liberdade de ser, sempre», defende.