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‘Não fico sem arroz e feijão’, diz chef francês Claude Troisgros; confira a entrevista

O contato com a culinária veio desde a infância: Claude Troisgros, 63 anos, é filho e neto de chefs franceses. Mas foi no Brasil, onde chegou há 40 anos – ele deveria ficar por aqui apenas dois anos – , que ele encontrou o tempero que precisava para alçar voos mais altos na gastronomia. Fez dos produtos regionais brasileiros sua marca registrada para dar mais sabor às receitas que leva à mesa.

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Em entrevista ao Metro Jornal, Claude, que já escreveu vários livros –  o último foi “Claude Troisgros: Histórias, dicas e receitas”, da editora Sextante, lançado no final de 2018 – é apresentador do programa “Que marravilha!”, na GNT, e jurado do The Taste Brasil, falou sobre a paixão pelo Brasil e planos para este ano. Confira!

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Quando você chegou ao país, em 1979, a gastronomia não tinha toda a glamorização que existe hoje. O que levou você a fincar raízes por aqui?

Cheguei ao Rio para fazer a abertura do Le Pré Catelan, no Rio Palace Copacabana. Vim com dois anos de contrato e me apaixonei pela cidade e pelo país. Conheci os produtos e a culinária regional brasileira e percebi que não valorizavam os produtos existentes como deveriam. Por necessidade de ter produtos frescos – do mercado e das estações –, comecei a usar produtos brasileiros numa culinária de técnica francesa, criando uma cozinha franco-brasileira. Senti que era a oportunidade de poder crescer!

E o que mais mudou na gastronomia do país?

Em 40 anos, tudo evoluiu! Temos hoje no Brasil chefs competentes nascidos aqui, técnicas profissionais de ponta, produtores locais se esforçando para plantar o melhor e entendendo as necessidades do mercado, além de consumidores mais exigentes e com paladar mais afinado, materiais de cozinha mais modernos, escolas de formação de alto nível e qualidade, programas de culinária de grande audiência na TV e mídia competente e profissional. Nada disso existia nos anos 1980.

Em outra recente entrevista, você disse que não é mais um chef rigoroso, como no começo. A que se deve isso?

Rigoroso e exigente ainda sou muito! E é de extrema importância em nossa profissão. Mas com maturidade e sabedoria, aprendi a ser mais tranquilo, mais calmo. Aprendi a ser paciente.

Como é Claude em casa? Cozinha como chef ou abre mão para outras pessoas?

Quando eu cozinho em casa para os amigos, geralmente gosto de fazer churrasco. No dia a dia tem uma cozinheira que prepara uma comida caseira. Não fico sem arroz e feijão!

Hoje você faz questão de explorar os sabores brasileiros em suas receitas. Nesses 40 anos no país, sempre foi assim?

Sempre, desde que cheguei.

Quais são seus novos planos?

Todo ano eu viajo de moto com amigos. Este ano vamos para a região de Araxá, em Minas Gerais. Vou participar de um novo programa na TV Globo, a ser lançado em setembro.

Conta pra gente qual é a receita que mais gosta de fazer?

Vou falar o que mais gosto de comer é “Jabá com jerimum”. Das minhas receitas clássicas, a que mais gosto é a “Crepe Soufle de Maracujá”. Eu amo maracujá e os aromas durante o preparo são incríveis!    

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