O DJ Rennan da Silva Santos, conhecido como «Rennan da Penha» e organizador de um dos maiores bailes funks do Rio de Janeiro, entregou-se à Polícia nesta quarta-feira (24), após ter passado um período foragido. Ele passou sua primeira noite em um presídio na Zona Norte do Rio.
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Segundo o funkeiro, a fuga tornou-se insustentável, não o permitindo realizar eventos ou produzir novos lançamentos. «Ficar correndo de um lado pro outro não dá, tenho família, tenho uma equipe de trabalho», diz, em lágrimas.
https://twitter.com/rennan_penha/status/1121436554013048836
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O DJ foi condenado em segunda instância pela Justiça carioca, encarando seis anos e oito meses de prisão por associação ao tráfico de drogas. Rennan havia sido absolvido na primeira instância, e sua condenação é questionada por fãs, colegas de profissão, e profissionais do Direito.
A acusação do Ministério Público fluminense é de que Rennan atuava como olheiro para o tráfico de drogas, além de apontar apologia aos traficantes e ao armamento ilegal em suas canções e videoclipes.
A defesa do músico entrou com pedido de habeas corpus, e um comunicado de seus advogados responsáveis foi divulgado no perfil oficial de Rennan no Twitter. Nele, a acusação de «olheiro» é chamada de «tão estapafúrdia que beira a inocência», afirmando que o DJ não gozava da discrição necessária para exercer tal função. «Os bailes de Rennan atraem mais de 25 mil pessoas, sendo a ele absolutamente impossível passar despercebido onde quer que seja».
https://twitter.com/i/events/1110100184023744512
Os advogados também apontam preconceito por parte do Ministério Público, visto que o DJ representa a cultura negra da periferia do Estado. A justiça e as polícias do Rio de Janeiro tem histórico de conflitos de cunho racial, acentuado nas periferias da capital fluminense.
A Ordem dos Advogados do Brasil também questionou a condenação de Rennan, vendo-a como tentativa de criminalização do funk, e afirmou-se preocupada com o uso do sistema de Justiça para atingir setores sociais marginalizados.