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Estudo revela que Leonardo Da Vinci era ambidestro

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Um novo estudo sobre o desenho mais antigo do gênio italiano Leonardo Da Vinci, realizado em Florença, na Itália, revelou que o artista era ambidestro, ou seja, utilizava as duas mãos para produzir suas obras de arte. A descoberta foi divulgada nesta segunda-feira (8) pelas Gallerie degli Uffizi após a análise de inscrições em um desenho datado de 5 de agosto de 1473 produzido em carvão até então desconhecido.

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De acordo com os pesquisadores, na pintura havia duas frases escritas por Da Vinci que foram submetidas a análises científicas e tecnológicas. Além disso, no verso da obra foi descoberto um esboço, o que comprovou que ele usava as duas mãos. Em comunicado, as Gallerie degli Uffizi explicaram que o «estudo combinado de materiais, dos traços típicos de sua escrita e a comparação com outros documentos mostram que o artista fez o autógrafo da frente com a mão esquerda e o do verso com a direita». Segundo a historiadora Cecilia Frosini, responsável por liderar a pesquisa, «Da Vinci nasceu canhoto, mas foi reeducado para usar a mão direita desde a infância».

Frosini utilizou o primeiro desenho do artista italiano para fazer o estudo. A obra, conhecida como «Paisagem 8P», exibe uma paisagem do vale do rio Arno e do Castelo de Montelupo, nos arredores de Florença. Ela foi pintada quando o italiano tinha apenas 21 anos. Os pesquisadores ainda revelaram que a «Paisagem 8P é um verdadeiro manual de técnicas gráficas», na qual Da Vinci interveio várias vezes, usando uma caneta de chumbo, uma espécie de pluma metálica com tinta à base de cobre e carvão, além de um papel translúcido.

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Para o diretor das Gallerie degli Uffizi, Eike Schmidt, os elementos encontrados durante a pesquisa resultarão em uma nova perspectiva para a interpretação do desenho. «Agora sabemos, por exemplo, que ele trabalhou com as duas mãos, não só com a famosa mão esquerda. E que se ocupou em dois momentos diferentes nesta obra. Nosso conhecimento sobre a arte de Da Vinci cresceu», comemorou.

Após a descoberta, a obra será encaminhada para a cidade natal de Da Vinci, onde ficará exposta durante a mostra para celebrar os 500 anos de sua morte, no próximo dia 2 de maio.

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