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Um introspectivo Arctic Monkeys chega com altas expectativas ao Lollapalooza Brasil

Getty Images (Stringer/Getty Images)

O Lollapalooza Brasil começa nesta sexta-feira (5), em sua edição menos rock and roll desde 2016 (e hoje isso pode ser um elogio): depois de dois anos com a escalação de «dinossauros» do estilo, como Metallica, Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers, em 2019 a atração principal do festival é Kendrick Lamar, príncipe do rap no globo, que toca no domingo (7). Nesta sexta, porém, quem encerra o primeiro dia de festival é o Arctic Monkeys, em sua segunda aparição no line-up do evento no Brasil (a primeira foi em 2012).

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A banda inglesa formada em 2002 está em sua fase mais introspectiva. Tranquility Base Hotel & Casino, o sexto disco, lançado em 2018, trouxe camadas mais densas e letras mais reflexivas para uma banda que se consagrou nas pistas de dança. O trabalho teve uma recepção mista de crítica e de público, provando a inquietude da banda. Algumas das mais comentadas reações de fãs no Twitter exigia que «o Arctic Monkeys lançasse o álbum com guitarras agora mesmo!», outra dizia que o disco soava com «Frank Zappa com Xanax» e uma pessoa denominava a nova fase do grupo como o «Spandau Ballet de ficção científica».

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Os novos sons, porém, orientados por estruturas de sintetizadores, muito piano e menos guitarras, agradou a banda. Falando por telefone de Los Angeles, o baterista Matt Helders explicou que as mudanças ocorreram de maneira natural – o grupo seguiu gravando as canções ao vivo no estúdio, na maioria, agora com outros músicos e mais instrumentos (ele se arrisca nas teclas na faixa Science Fiction, por exemplo).

«Fiz isso (tocar com o Arctic Monkeys) metade da minha vida, nós começamos a banda no final da minha adolescência. Qualquer pessoa muda muito entre a idade de 16 e 32. E isso aparece no que fazemos na música. O que é emocionante ao gravar discos é que existe a chance de fazer algo diferente e não apenas uma coisa para o resto de sua vida», explica.

Nas duas últimas vezes que a banda esteve em São Paulo eles visitaram o Astronete (balada na Rua Augusta, agora fechado). Ainda há ânimo para as festas nas turnês? «Olha, fica cada vez menos maluco. Foi bom que tivemos um intervalo grande entre shows antes do último álbum. É bom fazer discos, mas adoramos fazer turnês. É o melhor trabalho do mundo, cara. Sobre festas, não sei. Às vezes você quer ficar maluco e as pessoas ficam olhando… então, depende», ri o músico.

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