Em “Free Solo”, os diretores E. Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin mostram como Alex Honnold, 33, escalou os 914 metros da montanha de granito El Capitán, na Califórnia, sem qualquer corda de segurança. Com direito a cenas vertiginosas, o filme vencedor do Oscar de melhor longa documental será exibido sábado, 9, às 21h, no canal pago NatGeo. Ao Metro Jornal, o aventureiro explica como foi ter sua jornada acompanhada pelas câmeras.
ANÚNCIO
Leia mais:
8 mulheres poderosas que nasceram em 8 de março
Dia Internacional da Mulher: Filmes e séries para entender por que elas não querem flores
O que você fez para manter sua concentração?
Recomendados
Culpa da pamonha? A polêmica briga entre Crispim e Roberval em Alma Gêmea
Linha Direta: Internet cria força-tarefa para prender o falso profeta
Netflix: o encantador filme que adoçará a sua vida
Eu me preparei por muito tempo para saber exatamente o que eu tinha que fazer. Além disso, a equipe documentou tudo de forma correta. Os diretores conseguiram tomadas realmente lindas, mas nunca ficaram no meio do meu caminho. Senti que estava escalando sozinho.
Qual foi o momento mais difícil da gravação?
Foi na minha primeira tentativa de subir El Capitán. Não consegui, me dei por vencido e desci. Falhar na primeira tentativa foi um de meus maiores fracassos. Acho que isso retrata com perfeição os momentos difíceis que os escaladores vivem.
Como você e os produtores entraram em acordo em relação à segurança?
Cada vez que você escala, tem que tomar certas precauções e pensar na segurança da maneira certa. [O diretor] Jimmy Chin passou os últimos 25 anos em montanhas, então ele estava bem acostumado.
O que se passava na sua cabeça durante a escalada?
Na verdade, não pensei em muitas coisas. Estava mais concentrado em atingir meu objetivo, além de analisar cada um de meus movimentos. Estudei a execução do plano durante dois anos, ponderei os cenários possíveis e seus resultados. Fiz uma preparação mental muito boa.
Como você se sente com a conquista do Oscar?
Isso é mais importante para os diretores, que se esforçaram muito na elaboração do filme. “Free Solo” é a conclusão de dois anos de trabalho.
Como você lidou com o medo provocado pela decisão de escalar sem cordas?
Eu precisava me sentir confortável e confiante. Acho que a forma mais fácil de lidar com o medo é ter tempo para se preparar. Subir sem cordas é complicado, porque às vezes acontecem fatos inesperados, mas tudo é parte de um processo. O tempo inteiro visualizei o caminho e trabalhei mentalmente.