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Debaixo de ‘dilúvio’, bloco Ritaleena homenageia Rita Lee na Mooca

Um verdadeiro dilúvio alagou o bloco Ritaleena na tarde deste domingo, 3, na Mooca, em São Paulo. Mas nem o granizo nem o rio de água que virou a Rua Borges de Figueiredo foram capazes de desanimar alguns bravos foliões.

Embora encharcados, eles espalhavam a água na altura do tornozelo enquanto dançavam as músicas da homenageada, a cantora Rita Lee. Com uma diferença fundamental das originais, no entanto: a percussão transformava os clássicos do Rock em música de carnaval.

Apesar do incômodo inicial que espantou boa parte do público, o temporal de verão não foi capaz de desbotar o vermelho das perucas, roupas e adereços. A cor era predominante no bloco por ser a mais representativa de Rita.

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A cada trovão o público reagia gritando mais alto e reabastecendo a animação. Houve apenas um princípio de pânico quando fios da rede elétrica entraram em curto, mas imediatamente o trio parou a música e procurou acalmar os foliões. Bombeiros civis disseram não haver risco.

Com o retorno do sol, muita gente também voltou a seguir o trio. Alguns sacudiam a água das roupas e outros chegaram a arriscar retocar a maquiagem especial.

Bloco político

Assim como a controversa homenageada, o Ritaleena não se furtou a se posicionar politicamente. A tendência ficou evidente logo no começo da festa, quando a diretora musical do grupo, a cantora Alessa, anunciou no trio elétrico: «Este é um bloco feminista, cuidem das amigas.»

Outro exemplo eram as plaquinhas carregadas por foliões. Em uma delas, um jovem todo de rosa escreveu ‘meninos vestem rosa’, ironizando a declaração da atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Há cinco anos o bloco homenageia a cantora Rita Lee pelas ruas de São Paulo, mudando de casa a cada carnaval e escolhendo um novo bairro tradicional da cidade. Neste ano, a Mooca foi selecionada para receber o tema ‘Mutar para mudar’.

«Convidamos todos a mutar e não mitar. E adquirir novas habilidades», afirmou Alessa à reportagem, reforçando o trocadilho com a expressão usada por eleitores do presidente Jair Bolsonaro, que chamam o político de ‘mito’.

A expectativa de público, de acordo com a PM era de 15 mil pessoas. Mas, por causa da chuva, estima-se que o número tenha caído ao menos pela metade.

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