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Arqueólogos do Museu Nacional resgataram cerca de 2 mil itens dos escombros

Em meio aos escombros, o Jardim Central ficou intacto Orlando Grillo/Divulgação

Cinco meses após o incêndio no Museu Nacional, em São Cristóvão, na zona norte, paredes destruídas, fios queimados e estruturas retorcidas dão a dimensão da força do fogo, por dentro. Em meio aos escombros, o Jardim Central ficou intacto. Diferentemente do que se pensava em setembro de 2018, quando ocorreu a tragédia, grande parte do acervo deve ser recuperada.

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Até agora, cerca de 2 mil itens resgatados foram registrados – no total, o museu possuía 20 milhões de peças. Itens como o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas, e o meteorito Bendegó resistiram ao incêndio.

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A empresa de engenharia Concrejato, responsável pelas obras emergenciais e contratada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mantenedora do espaço, já removeu cerca de 900 toneladas de entulho. Atualmente, as equipes atuam no reforço da estrutura e preparam o local para receber uma cobertura.

“Nossa fase é de alegria. Todo dia a gente encontra uma coisa nova. Boa parte de nossas coleções serão resgatadas, sim.” – Luciana Carvalho, paleontóloga

Do lado de dentro, enquanto especialistas fazem o reconhecimento e catalogam peças resgatadas nas cinzas, operários seguem escavando e peneirando os escombros para tentar recuperar qualquer fragmento do acervo.

“A nossa sensação, inicialmente, era de total tristeza, porque era um acervo tão importante para toda a humanidade. Agora, nossa fase é de alegria. Todo dia a gente encontra uma coisa nova. Boa parte da nossas coleções serão resgatadas, sim”, conta a paleontóloga Luciana Carvalho.

Apesar do cenário de destruição, já é possível ter uma ideia da imponência da construção. Arcos, janelas e revestimentos até então escondidos remetem à versão original do prédio, erguido há mais de 200 anos, na Quinta da Boa Vista, e que serviu de residência da família imperial.

A direção do museu informou que já gastou cerca de R$ 16 milhões nas obras de reforço da estrutura e na elaboração do projeto de restauração. Mas, só quando ele for aprovado, começará a usar os R$ 55 milhões destinados à reconstrução.

R$ 16 mi já foram gastos nas obras de reforço da estrutura e na elaboração do projeto de restauração do Museu Nacional.

Edital para reforma

Diretor do museu, Alexander Kellner disse que a UFRJ lançou edital de R$ 1,1 milhão para escolha da empresa que ficará responsável pelo projeto de reforma da fachada: “O edital é para a confecção de projetos básicos para o início da restauração do museu.”

Ele afirmou que, ainda neste ano, será realizada uma exposição, em frente ao que restou do museu, com todo o acervo e as peças que estão sendo resgatadas dos escombros.

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