O tapete vermelho de qualquer premiação é o lugar perfeito para deixar sua marca e ser ouvido. No Grammy 2019, dois artistas usaram tal exposição para fazer protestos em formato de looks inusitados e controversos.
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Joy Villa, cantora e compositora, apareceu trajando um vestido com estampa de tijolos, remetendo a um muro, e a frase build the wall (ou «construa o muro») em letras garrafais na parte de trás. A roupa fazia referência ao muro que Donald Trump pretende construir na fronteira dos Estados Unidos com o México, para frear a entrada de imigrantes ilegais.
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O muro tem sido tópico de discussão nas últimas semanas, após o presidente estadunidense paralisar o governo por vários dias como tática para conseguir orçamento para a construção. A liberação do orçamento dependia da maioria do Senado, composto majoritariamente por democratas – que são contra o muro. Trump, por sua vez, pertence ao partido republicano.
A cantora também carregava uma bolsa vermelha com os dizeres make America great again – slogan da campanha do atual presidente.
O vestido foi criado pela marca Desi Designs Couture, que postou uma nota em seu Instagram oficial afirmando que a visão, pensamentos e opiniões de seus clientes não necessariamente são as mesmas da companhia.
Villa já é conhecida por utilizar suas aparições no tapete vermelho para fazer protestos políticos, sempre carregados de conservadorismo. No ano passado, ela escolheu um vestido branco com o desenho de um feto, simulando a imagem de um ultrassom. No quadril, levava uma placa dizendo «escolha a vida» – um slogan do movimento pró-vida e contrário ao aborto. Em 2017, foi um vestido com as cores da bandeira dos Estados Unidos, com o slogan da campanha de Trump e o próprio nome do candidato escritos.
Ela não foi a única a trazer mensagens de apoio ao presidente no Grammy 2019.
O cantor de glam rock, Ricky Rebel, também usou um blazer azul com o nome de Donald Trump e uma variação de seu slogan, dizendo keep America great (mantenha a América grande). Ele também usou botas onde se lia «Trump 2020», aludindo à possibilidade de reeleição do atual chefe do executivo.
Rebel é bisexual assumido e militante da causa LGBT, porém frequentemente é alvo de polêmicas por manifestar seu apoio a Trump.