O coletivo És Uma Maluca encenou no fim da tarde desta segunda-feira (14) a performance que encerraria a exposição “Literaturas Expostas”, no domingo, na Casa França-Brasil, no Rio. O ato aconteceu em frente ao prédio da instituição, no centro da capital fluminense.
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Intitulada “A Voz do Ralo é a Voz de Deus”, a apresentação fazia críticas à ditadura militar e previa a interação de duas mulheres nuas com uma instalação composta por 6 mil baratas de plástico.
A performance, contudo, foi impedida de ser executada, porque, segundo o governo do Estado, o contrato determinava que seu conteúdo deveria ter sido comunicado pelos responsáveis. Como resposta, a exposição foi encerrada um dia antes do previsto, impossibilitando a apresentação.
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“Temos que saber previamente o conteúdo a ser exibido em um local administrado pelo governo, como está previsto em contrato”, alegou o governador Wilson Witzel (PSC), no Twitter.
Em nota, o És Uma Maluca classificou o cancelamento como “censura” e disse que a proibição foi arbitrária. Segundo o grupo, a proposta da performance havia sido informada à Casa França-Brasil.
A instalação que serviria de cenário para a performance já tinha passado por uma proibição. Segundo a ideia original, uma gravação com a voz do presidente Jair Bolsonaro (PSL) seria transmitida na obra, mas a proposta foi vetada pelo diretor da instituição, Jesus Chediak. No lugar, o coletivo inseriu áudios de uma receita de bolo, numa alusão à estratégia adotada pela imprensa quando uma notícia tinha sua veiculação censurada durante a ditadura militar brasileira.