Há algo comum entre as sitcoms “Dharma & Greg”, “Mom” e “The Big Bang Theory”. É o produtor Chuck Lorre, que coloca agora as mãos em “O Método Kominsky”, já disponível no serviço de streaming Netflix.
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A série, no entanto, tem perfil diferente de suas irmãs e mira um público mais velho ao abordar com ironia os dissabores do envelhecimento, tornando-se uma espécie de contraponto masculino a “Grace & Frankie”, na qual Jane Fonda e Lily Tomlin vivem mulheres que, apesar de seus mais de 70 anos, se reconstroem após se divorciarem dos respectivos maridos.
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Outros dois celebrados veteranos se reúnem aqui. Michael Douglas interpreta Sandy Kominsky, um ator que, com o avanço da idade, perde o status de celebridade e tem cada vez menos convites para trabalhar, o que o faz importunar seu agente, Norman (Alan Arkin).
Ele monta então uma escola de atuação que sobrevive graças à boa vontade de sua filha, Mindy (Sarah Baker). É lá que Kominsky conhece Lisa (Nancy Travis), uma aluna com metade de sua idade, e busca retomar parte de sua juventude ao lado dela.
O tom agridoce da produção é sentido já na cena de abertura, quando Kominsky oferece a seus alunos um comovente e improvisado monólogo sobre a arte da atuação. É um momento doce e solene, mas que acaba interrompido pela pergunta idiota de um surfista sobre qual corte de cabelo deve adotar para um possível papel comercial.
Essa é a tônica da série, cuja toada tranquila é quase sempre interrompida por algo estúpido, provocando riso a partir do descompasso entre gerações ao apontar atribulações dos mais velhos.
“O Método Kominsky” recebeu três indicações ao Globo de Ouro: melhor série, melhor ator para Douglas e melhor ator coadjuvante para Arkin – tudo nas categorias de comédia ou musical.