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Especial Stan Lee: Adeus ao criador

Luto. Responsável pelo surgimento de heróis como Homem-Aranha, X-Men e os Vingadores, Stan Lee morreu na segunda-feira (12), aos 95 anos, e deixa como legado revolução humanista no mundo dos quadrinhos

Os fãs de heróis como Homem-Aranha, X-Men e os Vingadores estão em luto. Criador de alguns dos mais populares personagens de quadrinhos do século 20 e que revolucionaram a indústria do cinema no início do século 21, Stan Lee morreu ontem em Los Angeles, aos 95 anos, de causa não divulgada.

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“Ele se sentia na obrigação de continuar criando para seus fãs. Ele adorava a vida e amava o que fazia para sobreviver. Ele era insubstituível”, disse a filha dele, J.C. Lee, à agência Reuters.

Diferentemente de muitos artistas que se dividiram entre outras profissões, Stan Lee viveu exclusivamente do universo dos quadrinhos desde os 17 anos, quando assumiu o posto de assistente na Timely Comics, que mais tarde se transformaria na Marvel, hoje uma gigante do entretenimento.

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Seus maiores sucessos, no entanto, seriam criados apenas na década de 1960, com contribuições significativas para a chamada era de prata das HQs americanas. Homem de Ferro, Thor, Hulk, Demolidor, Pantera Negra, Wolverine… Todos esses heróis nasceram da colaboração de Lee com artistas como Steve Ditko e Jack Kirby.

Tais criações se destacaram por apresentar um olhar humanizado e complexo aos personagens, que, não raro, se tornaram alegorias ao combate ao preconceito e à intolerância.

Um indicativo da popularidade desses heróis está na bilheteria de suas adaptações ao cinema, responsáveis pelo faturamento de mais de US$ 20 bilhões pelo mundo até agora. Foi por meio dos filmes que o rosto de Lee ficou conhecido, com a série de figurações bem-humoradas que ele faz desde “X-Men” (2000).

Em 2008, ele recebeu a Medalha Nacional das Artes, honraria concedida pelo então presidente americano George W. Bush, e, em 2011, foi a vez de ele colocar as mãos no cimento para deixar sua marca na Calçada da Fama, em Hollywood. Na última década, se tornou uma presença sempre reverenciada em eventos como a Comic Con de San Diego.

Por muito tempo, Stan Lee acreditou que ser quadrinista era um trabalho menor. Até que se deu conta da importância do entretenimento na vida das pessoas. “Sem isso, elas talvez caíssem em depressão. Acredito que, se você é capaz de entreter, está fazendo algo bom”, disse ele certa vez.

Repercussão

“Tirando um momento para agradecer ao grande Stan Lee por sua generosidade. Foi uma grande honra fazer parte de seu universo. A experiência que tive no Quarteto Fantástico ao interpretar Sue Storm foi extremamente significativa, enquanto jovem atriz, e teve um impacto imenso em mim.”
Jessica Alba, intérprete de Sue Storm

“Muitos milhões de nós estamos em débito com esse cara, ninguém mais que eu. O pai da Marvel tornou muita gente incrivelmente feliz. Que vida ele conquistou!” Tom Holland, atual intérprete do Homem-Aranha “Perdemos um gênio criativo. Stan Lee foi uma força pioneira no universo dos super-heróis. Tenho orgulho de ter sido uma pequena parte desse legado e ter ajudado a dar vida a um de seus personagens.”
Hugh Jackman, intérprete de Wolverine

“Não haverá outro Stan Lee. Por décadas ele ofereceu tanto aos jovens quanto aos velhos aventura, escapismo, conforto, confiança, inspiração, força, amizade e alegria. Ele exalava amor e gentileza e vai deixar uma marca indelével em muitas e muitas vidas.”
Chris Evans, intérprete do Capitão América

“Eu devo tudo a você. Descanse em paz, Stan.”
Robert Downey Jr., intérprete do Homem de ferro

“O que posso falar da perda de um visionário que criou um dos meus personagens favoritos que já pude interpretar? A sagacidade divertida, o charme e o legado poético de Stan Lee vão mantê-lo vivo pelas próximas gerações. Meu coração dói, e ele fará muita falta.”
Doug Jones, intérprete do Surfista Prateado

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