Homecoming: Julia Roberts embarca em thriller sobre trauma

Com a crescente migração de astros do cinema para a televisão, era só uma questão de tempo para ver um dos rostos mais celebrados de Hollywood na telinha.

Vencedora do Oscar por “Erin Brockovich” (2000), Julia Roberts é a estrela de “Homecoming”, série lançada há pouco mais de uma semana pelo serviço de streaming Amazon Prime Video.

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Dirigida por Sam Esmail (“Mr. Robot”), a produção é um thriller psicológico sobre o trauma. Nela, vemos Julia em dois momentos distintos de sua personagem, Heidi Bergman.

No primeiro, ambientado no presente, ela atua como terapeuta em um centro de acolhimento chamado Homecoming, no qual conduz um tratamento experimental para soldados americanos recém-dispensados.

A segunda linha temporal se passa quatro anos depois e mostra Heidi trabalhando como garçonete em um restaurante caído e sem qualquer traço de memória do que aconteceu.

As lembranças dela serão tensionadas a partir de seu encontro com Thomas Carrasco (Shea Whigham), um auditor do Departamento de Defesa americano que investiga um acidente ocorrido em Homecoming.

Por trás da instituição está a megacorporação Geist, para a qual trabalha Colin Belfast (Bobby Cannavale), o exigente ex-chefe de Heidi. Essa ligação cria um mistério em torno das reais intenções da empresa no trato com os soldados.

Apesar de ser um thriller psicológico, “Homecoming” tem os dez episódios de sua primeira temporada com duração semelhante a de comédias, com meia hora cada.

Esse é um diferencial bem-vindo que ajuda a evitar qualquer traço de enrolação na condução da trama. Outro ponto positivo nesse sentido é o fato de Esmail dirigir todos os dez episódios da série, criada a partir do podcast homônimo roteirizado por Micah Bloomberg e Eli Horowitz.

Intensa na medida certa, a atuação de Julia Roberts tem sido cotada para premiações como o Emmy e o Globo de Ouro. Apesar disso, o retorno dele à já confirmada segunda temporada da série ainda é uma incógnita.