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Festival do Rio: longas ‘Tinta Bruta’ e ‘Torre das Donzelas’ vencem principais prêmios

"Tinta Bruta" foi o grande vencedor do festival Reprodução/Facebook

No ano em que o Festival do Rio esteve ameaçado de não se realizar e a Première Brasil foi marcada por debates fortes, o júri presidido pela cineasta Lúcia Murat e integrado, entre outros, pelo também cineasta Joel Zito Araújo, outorgou o prêmio de melhor longa de ficção para «Tinta Bruta», da dupla Márcio Reolon/Filipe Matzembacher. O longa, muito bom, já havia vencido o Urso gay no Festival de Berlim, em fevereiro. O Redentor de melhor documentário foi para «Torre das Donzelas», de Susanna Lira, que já havia sido premiado na Mostra de São Paulo.

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O filme de Susanna traz relatos inéditos da ex-presidenta Dilma Rousseff e de seus colegas de cela do Presídio Tiradentes, nos anos de chumbo da ditadura militar. Foram torturadas, conheceram o inferno. Não desistiram de lutar por justiça e liberdade.

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Susanna Lira agradece o prêmio de Melhor Documentário para «Torre das Donzelas»

Susanna recebeu o prêmio de melhor diretora de documentário. O Redentor de melhor direção de ficção foi para outra dupla, João Salaviza e Renée Nader Messora, por «Chuva É Cantoria na Terra dos Mortos», sobre jovem Krahô que encontra o espírito do pai e realiza cerimônia de fim de luto. Há um mistério que impregna o filme, e tem a ver com a integração do protagonista na floresta. O júri premiou Itala Nandi como melhor atriz, por «Domingo», de Fellipe Barbosa, e dividiu o prêmio de interpretação masculina entre Shico Menegat, por «Tinta Bruta», e Valmir do Côco, por «Azougue Nazaré».

«O Órfão», de Carolina Markowicz, venceu como melhor curta e o júri outorgou uma menção a «Universo Preto Paralelo», de Rubens Passaro. Na mostra Novos Rumos, o júri integrado pelo ator Babu Santana, pela produtora Tatiana Leite e pelo crítico e professor João Luiz Vieira premiou o ótimo «Ilha», de Ary Rosa e Glenda Nicácio, que já havia sido premiado em Brasília. Uma menção honrosa foi atribuída a «Inferninho», de Guto Parente e Pedro Diógenes. Os prêmios do júri popular ficaram com «Deslembro», de Flavia Castro, como melhor ficção, e «Torre das Donzelas», melhor documentário.

O Festival do Rio premiou o melhor longa latino com o troféu Fipresci, atribuído pela crítica. Foi para «Deslembro». O prêmio Felix, para as melhores produções de temática LGBT, destacou a belíssima ficção «Sócrates», de Alex Moratto, já premiada na Mostra, e o documentário «Obscuro Barroco», de Evangelia Kranioti.

 

Assista aos trailers de «Tinta Bruta» e «Torre das Donzelas»: 

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