A princesa Ayako, de 28 anos, membro da família real japonesa, se casou com um plebeu nesta segunda-feira (29) e terá de renunciar ao título, mas receberá uma quantia equivalente a R$ 3,5 milhões por abrir mão de seus privilégios.
A casa real japonesa, a mais antiga monarquia hereditária ininterrupta no mundo, perde cada vez mais membros, já que não consente que mulheres ascendam na linha sucessória e prevê que princesas que se casem com plebeus renunciem a seus títulos.
Ayako é a terceira filha do primo do imperador Akihito, o príncipe Takamado, que faleceu em 2002, com a esposa Hisako. Seu namorado é Kei Moriya, de 32 anos, que trabalha em uma empresa de navegação. A responsável por apresentar o casal foi a própria mãe da princesa, que organizou o encontro. Ayako é assistente social, e a família de Moriya organizava a campanha de divulgação de uma ONG.
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A cerimônia aconteceu no famoso santuário de Meiji Jingu, no centro de Tóquio, depois de três dias de rituais em lugares sagrados do palácio imperial, além de uma celebração de agradecimento ao imperador Akihito e à sua esposa, Michiko.
Dos 19 atuais membros da família real, 14 são mulheres, sete das quais são solteiras com menos de 40 anos. Mesmo com a constante saída de mulheres da casa real, nada aponta para uma mudança no estatuto imperial em relação a isso.
Com a decisão de Ayako, três princesas já renunciaram a seus direitos desde o início do milênio. Além disso, o matrimônio de Mako, neta do imperador e a mais conhecida entre as princesas da corte, já está em fase de preparação. A princesa anunciou seu casamento em setembro, também com um plebeu, e deverá renunciar a seus títulos imperiais, assim como Ayako.
O atual imperador, de 84 anos, completará o processo de abdicação do trono no próximo 30 de abril, em favor de seu primogênito, Naruhito.