Quando a série “Magnífica 70” estreou, em 2015, o contexto que opunha arte e regime militar parecia mera obra de ficção. Com a chegada da terceira e última temporada às telas da HBO, neste domingo (14), às 21h, talvez o público enxergue algumas semelhanças da trama de época com o Brasil do presente.
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“A realidade atropelou a ficção. Quando a gente começou a propor isso, há seis anos, era impensável que um governo militar pudesse se avizinhar ou que uma exposição pudesse ser proibida”, diz o diretor Cláudio Torres.
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A trama acompanha quatro personagens que se conectam por causa do cinema marginal da Boca do Lixo paulistana, nos anos 1970 – auge da repressão da ditadura militar brasileira.
A terceira temporada começa apresentando cada um em um canto. Após um surto, Vicente (Marcos Winter) abandona a carreira de diretor para assumir o papel de chefe da censura. Sua ex-mulher, Isabel (Maria Luísa Mendonça), inverte papéis dentro da guerrilha e passa a liderar a resistência ao governo.
Após ver o homem que ama ser morto, a atriz Dora (Simone Spoladore) precisa reencontrar a vontade de viver e de se vingar. Já Manolo (Adriano Garib) parte de volta à estrada após ter incendiando a produtora Magnífica.
Apesar de separados, os quatro logo voltam a se unir em torno de filmes, reforçando um discurso sobre o papel transformador da arte. “Essas pessoas entraram em contato com o cinema de diversas maneiras e ele mudou a vida delas. O que tem de bonito é que eles se juntam de novo por isso”, diz Torres.
Veja o trailer da terceira temporada: