Ao adaptar a autobiografia de Henri Charriere, que narra os 14 anos em que ele ficou na prisão e sua impressionante fuga de uma colônia penal na Guiana Francesa, “Papillon” (1973) se tornou uma obra-prima do cinema ao reunir em cena os talentosos Steve McQueen e Dustin Hoffman.
Por causa disso, o diretor Michael Noer e os atores Charlie Hunnam e Rami Malek sabiam ser necessário trabalhar duramente para fazer uma versão diferente do original. O novo filme estreia nesta quinta-feira (4).
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Para Malek, foi a visão de Noer que o convenceu a se unir ao projeto. “Ver o projeto sob a perspectiva de Michael joga uma nova luz sobre ele, que é muito específico em sua narração. Ele também busca elementos de um lugar muito filosófico”, afirma o ator.
“O filme está vivo em nossa memória como uma peça icônica do cinema. Então era algo muito difícil de abordar, parecia inacessível, mas estava convencido de que não estaríamos à sombra do original, mas sobre os ombros do livro, talvez”, diz Noer.
Para ele, seu “Papillon” nunca foi um remake, e fazê-lo neste momento também teve um peso político.
“Talvez essa história seja hoje mais relevante do que nunca devido à forma como o isolamento é usado em prisões de todo o mundo. As pessoas ganham dinheiro com presos. Isso significa que houve privatização e uma industrialização do encarceramento, o que me parece muito problemático. O que acontece com a justiça quando você a privatiza?”, questiona o diretor, que promete uma versão muito mais “suja” da história, com sets rodados debaixo de chuva e com muita lama.
Veja o trailer do filme: