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Companhia de dança Quasar sai de hiato com Bossa Nova

A apreensão tomou conta do coreógrafo Henrique Rodovalho quando ele foi procurado pela marca Vivara para criar uma obra em torno dos 60 anos da Bossa Nova, tema de sua atual coleção de joias.

Por um lado, seria uma forma de reativar a Quasar, uma das mais importantes companhias de dança contemporânea do país. Sediada em Goiânia, ela teve suas atividades paralisadas no fim de 2016 devido ao fim de um patrocínio da Petrobras.

Por outro, a suavidade intrínseca à Bossa Nova parecia algo extemporâneo em um momento eleitoral tão conturbado quanto o de agora.

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“Ela nos traz uma época muito diferente da que vivemos hoje, mas percebi que, de repente, essa poderia ser uma oportunidade de trazer uma leveza, um frescor, um respiro necessário para os dias atuais”, diz o coreógrafo.

Assim nasceu “O Que Ainda Guardo”, que estreia neste fim de semana, no Auditório Ibirapuera, com nove bailarinos selecionados especialmente para esta montagem – apenas uma delas integrava a companhia originalmente.

“Tivemos todo um trabalho inicial para que eles conhecessem meu trabalho e meu estilo de movimento”, explica ele.

A trilha sonora é embalada por 25 canções emblemáticas do gênero musical cunhado por nomes como João Gilberto, indo de “Chega de Saudade” a “Águas de Março”.

O tema não é novo a Rodovalho. Um dos maiores sucessos da Quasar é “Só Tinha de Ser com Você” (2005), baseado no disco “Elis & Tom”, mas o coreógrafo promete apresentar algo diferente.

“Aquele espetáculo era bem mais intimista e técnico. Esse é mais leve e coloquial”. Ainda assim, os fãs do grupo vão poder reconhecer elementos de vários outros trabalhos da Quasar – uma forma de Rodovalho festejar no palco os 30 anos do grupo, comemorados este ano.

O Que Ainda Guardo
No Auditório Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, parque Ibirapuera
Tel.: 3629-1075
Amanhã, às 21h; dom., às 19h.
R$ 30.

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