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Balé da Cidade celebra 50 anos com reflexão atual das questões ambientais

Ela é uma das obras clássicas da dança e ganha nova interpretação a partir deste sábado (15). “A Sagração da Primavera”, composta por Igor Stravinsky e coreografada por Vaslav Nijinsky, teve estreia há 105 anos, em Paris, e agora será novamente apresentada, com uma roupagem mais atual, pelo Balé da Cidade de São Paulo, no Teatro Municipal.

O grupo paulistano escolheu a coreografia para celebrar seus 50 anos de fundação, que tem criação de Ismael Ivo, diretor artístico da companhia, que buscou se distanciar do tradicional ao propor uma reflexão atual das questões ambientais.

No palco, os bailarinos executam uma coreografia que remete ao primitivo, embalados pela música intensa. Ivo explica que o legado não será a vida que nasce da morte, como na Sagração tradicional, mas a demonstração de uma luta pela sobrevivência.

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Em todo o espetáculo, pétalas de rosa cairão. O fluxo se intensifica à medida que a Sagração se desenvolve e a beleza dessa chuva dá lugar a uma tempestade, que dificulta a dança dos bailarinos. “Funciona como uma metáfora e uma forma de alarme ao desequilíbrio das condições ambientais”, diz Ivo.

À frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo estará o maestro titular Roberto Minczuk, sendo a primeira vez que ele trabalha junto com Ivo em um mesmo espetáculo. E esse primeiro encontro será para a execução de uma das peças musicais mais difíceis do repertório orquestral. “Stravinsky levou isso a uma outra dimensão, porque além da quantidade de músicos, tem a variedade de instrumentos que utiliza, como as tubas wagnerianas. Isso porque ele quis criar uma sonoridade ultra-agressiva, que soasse moderna, inovadora, jamais ouvida antes para fazer referência a um sacrifício”, explica Minczuk.

Serviço:
No Theatro Municipal (pça. Ramos, s/n, Centro; tel.: 3053-2100). Estreia neste sábado (15), às 20h. dom., às 18h; dias 18, 19, 21 e 22, às 20h. De R$ 12 a R$ 80.

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