Em uma das vaquinhas virtuais mais bem-sucedidas já organizada no Brasil, a Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, no Rio, arrecadou R$ 1,7 milhão e vai reabrir a exposição “Queermuseu” amanhã, de graça, nas cavalariças reformadas do parque, no Jardim Botânico.
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“Este é um momento muito importante para a democracia e para fazer uma demonstração de que as parcelas mais progressistas da sociedade brasileira não aceitam a censura, o cerceamento da liberdade de expressão e de escolha”, afirma o curador Gaudêncio Fidélis.
Inaugurada originalmente em setembro do ano passado, no Santander Cultural, em Porto Alegre, a mostra foi duramente criticada por grupos conservadores, que enxergaram no conteúdo apologia à zoofilia e à pedofilia. Após os ataques, o Banco Santander decidiu cancelar a exposição.
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O Museu de Arte do Rio (MAR) se ofereceu para sediá-la, mas recuou após negativa do prefeito Marcelo Crivella. Foi então que o diretor da EAV, Fábio Szwarcwald, teve a ideia de pedir ajuda do público para colocar de pé a mostra com 214 obras.
“Nós vimos nesse movimento do prefeito um ato muito preocupante de censura”, diz o gestor.