A enxurrada de mostras e festivais de cinema que acontecem ao longo do ano possibilitou, nesta semana, uma bem-vinda coincidência de programação.
O Festival de Cinema Judaico deu domingo (5) a largada para sua 22ª edição, que segue até o dia 15. Já a Mostra Mundo Árabe de Cinema abre sua 13ª edição nesta quarta-feira (8) e fica em cartaz até o dia 27.
Enquanto a geopolítica internacional coloca tais povos de lados opostos, essas mostras simultâneas convidam o público a se valer do cinema para olhar com generosidade para culturas tão ricas e distintas uma da outra.
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Uma das principais atrações do Festival Judaico é “O Testamento”, de Amichai Greenberg, que retrata a pesquisa de um historiador ortodoxo em torno de um massacre brutal de judeus que corre o risco de cair no esquecimento.
Entre os 32 títulos selecionados, vindos de países como África do Sul, Dinamarca e Rússia, está também “A Pulga Alegre”, um dos últimos filmes realizados por Claude Lanzmann, morto no mês passado.
O evento realiza ainda o Panorama Israel, com seis títulos que celebram os 70 anos de fundação do país.
As sessões acontecem na Hebraica (R$ 30); Instituto Moreira Salles (R$ 26) e Museu da Imagem e do Som (R$ 12), além do Sesc Bom Retiro, onde as sessões são gratuitas. A programação pode ser vista no site ahebraica.org.br.
Em paralelo a isso, a Mostra Mundo Árabe de Cinema abre na quarta, às 20h30, no Cinesesc, com “Wajib – Um Convite de Casamento”.
Dirigido pela palestina Annemarie Jacir, o longa retrata a jornada de reconciliação de um pai e um filho que, apesar de distanciados, precisam se reunir para honrar a tradição de entregarem juntos os convites de casamento de sua filha e irmã.
A mostra exibe outros 23 filmes agrupados em eixos como Mundo Árabe, Diálogos Árabes-Latinos, Cinema Palestino e Cinema Franco-Árabe.
As sessões acontecem no Cinesesc e no Centro Cultural Banco do Brasil. Os ingressos custam R$ 12, e a programação pode ser vista no site icarabe.org.