Existem filmes que se tornam lendas e por mais que o tempo passe, eles conseguem marcar um antes e um depois no cinema. Esse é o caso do clássico do terror “O Exorcista”, cuja estreia foi 1973.
Assim como muito de nós, o diretor do longa William Friedkin também não conseguiu deixar o “assunto” de lado e decidiu explorar mais o tema, mas dessa vez retratando fatos reais.
Friedkin produzidiu um documentário chamado «O Diabo e o Padre Amorth», que segue os passos do padre italiano Gabriele Amorth, um especialista em exorcismos.
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Usando como argumento central um caso de 1996, onde uma mulher afirma ser possuída pelo diabo, a produção revela a vida da arquiteta Cristina, que chegou a passar por nove exorcismos.
O longa estreou hoje (23 de julho) na Netflix e está disponível para os assinantes brasileiros.
https://www.youtube.com/watch?v=iOzuTp8e7Ho
Desta vez, o diretor não viu uma garota virar a cabeça em 360 graus, mas em entrevista à NPR contou que teve a chance de gravar uma sessão inteira de exorcismo.
“Eu estava com medo, com muito medo. Foi a metros de distância. E foi assustador. Mas pouco a pouco meu medo se tornou empatia por ela. Ela estava em uma dor aparentemente não natural e total”, revelou o diretor.
A produção é baseada em diversas entrevistas com padres, psicólogos, neurocirurgiões e ateus para mostrar todas as posições.
A gravação do exorcismo real foi avaliada por um grupo de especialistas, neurocirurgiões e psiquiatras, mas ninguém conseguiu explicar o que eles viram.
“Eles são caras que fizeram mais de 5.000 cirurgias cerebrais cada. Então eu levei para eles, e todos me disseram: nós não sabemos o que é isso”, revelou.
Depois de ver de perto o verdadeiro exorcismo, Friedkin assegurou que se soubesse não teria feito da mesma maneira “O Exorcista”, e até lamentava algumas das cenas mais clássicas do filme.
“Eu não teria incluído esses efeitos especiais: vire a cabeça, levite, sacuda a cama. Isso é parte da mitologia exorcista que fez William Peter Blatty (roteirista ‘The Exorcist’ e do romance de 1971)”, confessou.
Infelizmente, o protagonista do documentário não pode ver a produção. O padre Amorth morreu meses após a sessão devido a uma doença pulmonar, aos 91 anos de idade.
Em vida, o religioso realizou cerca de 70.000 exorcismos e fundou a Associação Internacional dos Exorcistas – reconhecida pelo Vaticano.
O padre italiano acreditava que as forças demoníacas estavam sempre entre nós e que pessoas como Hitler e Stalin eram afetados por entidades do mal, assim como os religiosos.
No livro «O Último Exorcista», Padre Amorth escreveu que «Satanás ataca o Papa acima de tudo, seu ódio pelo sucessor de Pedro é feroz, eu o experimentei em meus exorcismos».
«Depois do Papa, Satanás ataca cardeais, bispos e todos os sacerdotes e religiosos, é normal que este seja o caso, padres, religiosos e religiosas são chamados a uma dura luta espiritual».