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‘Custódia’ brilha ao explorar nuances de separação familiar

À primeira vista, algo parece não se encaixar na narrativa que Miriam (Léa Drucker) constrói para justificar o afastamento judicial do filho Julien (Thomas Gioria) do pai, Antoine (Denis Ménochet).

É assim – tal como um juiz que entra em contato com um caso pela primeira vez – que o público se aproxima de “Custódia”, que estreia nesta quinta-feira no Brasil. O longa rendeu ao francês Xavier Legrand o Leão de Prata de melhor direção do Festival de Veneza de 2017, e a forma como ele constrói a história explica a escolha do júri.

A mãe de Julien não quer papo algum com o pai do menino. Ela dá a entender que o sujeito é violento, mas o que se vê é alguém desesperado para manter conexão com um filho também hesitante diante da presença paterna.

Essa aflição descamba em atos extremos, que acompanhamos pelos olhos sempre atormentados do garoto, a quem não é dado o direito de escolher seu próprio destino. O resultado é uma punhalada sobre famílias que, desfeitas sob tal mácula, não encontram qualquer possibilidade de redenção.

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