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Pagava US$ 100 por mês para fazer estágio em um restaurante, conta Paola Carosella

Paola Carosella, jurada do «MasterChef Brasil», participou nesta terça-feira (22) do programa «SuperPoderosas» da Band, ao lado da apresentadora Natália Leite, da cozinheira Tia Sônia, da publicitária Vivianne Brafmann e da especialista em finanças Carolina Sandler.

Durante o bate-papo, a chef de cozinha argentina revelou como teve início a sua carreira dentro dos restaurantes. «Depois de terminar a escola, eu sabia que eu não queria estudar. A paixão pela gastronomia estava muito perto de mim», revelou. «Eu cozinhava quando estava sozinha em casa, para receber a minha mãe, para passar o tempo. Então, eu fui ver onde eu poderia estudar Gastronomia. Só que não tinha escola, não se estudava. Então a minha mãe começou a procurar o que tinha de estudo e a única coisa parecida era Administração de Hotelaria».

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«Eu fui e fiz duas horas de aula. Saí e falei: ‘Não é isso que eu quero, eu preciso cozinhar’. Foi um processo interessante porque minha mãe foi super incrível e super amorosa. Começamos a ver restaurantes bons. Estamos falando da Argentina em 1989, então não é que tinham muitos chefs e chefas bacanas que iam me aceitar. Tinham oito restaurantes», contou.

Segundo Paola Carosella, nenhum dos restaurantes a aceitou por ser mulher e ter apenas 18 anos. «A teoria de todos era que não ia dar para as brigadas, só de homens, serem respeitosos comigo. Depois de alguns meses, encontrei um restaurante que só trabalhava com mulheres. Eles me aceitaram para fazer um estágio, um treinamento. Pediram que minha mãe pagasse por isso e ela pagou US$ 100 por mês naquela época, equivalente a R$ 1 mil por mês hoje», disse.

«Era bastante dinheiro. Eu trabalhava, de graça, e a minha mãe pagava. Foi assim que eu fiz durante o meu primeiro ano. Foi essa a pista de decolagem da minha carreira. Depois que você entrou, você começa a costurar o próximo passo, o próximo desejo. Uma ou outra porta se abrem. Mas a pista de decolagem foi esse caminho», completou.

A jurada argentina também citou sua mãe, Irma Polverari, como exemplo de empreendedora. «Ela escolheu sair de casa para estudar e trabalhar. Eu sou filha de pais separados e meu principal sustento sempre foi a minha mãe. Eu tinha de exemplo, por um lado, minhas avós, muito cozinheiras, sendo donas de casa, cuidando da hora, da roupa, da casa e da cozinha», relembrou.

«E, do outro lado, a minha mãe, que era quem saia de casa para trabalhar e se fez uma advogada bem-sucedida. Nunca fomos ricas, mas ela conseguiu se virar em uma situação de divórcio bem nova – ela tinha 22 anos e eu apenas dois – e construiu uma vida, uma casa, uma carreira sozinha», concluiu.

Confira a entrevista com a chef argentina:

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