“Jogador nº 1”, que estreou na última quinta-feira, apresenta a história de Wade (Tye Sheridan), que escapa da realidade distópica do ano de 2045 em um jogo de realidade virtual. A morte do criador do game cria uma corrida capaz de conferir fortuna e controle da interface a quem encontrar um “easter egg”. Inspirado em um livro de Ernest Cline, o filme é recheado de referências à cultura pop que Steven Spielberg ajudou a consolidar.
Por que a cultura pop é tão poderosa?
Acredito que a nostalgia é muito potente. Ela faz com que muita gente se una para dividir uma memória, e isso, coletivamente, é um tanto confortável, especialmente quando o mundo passa por momentos não tão felizes.
Essa não seria uma forma de afastar os problemas?
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Isso depende do tempo em que você fica nostálgico. Precisamos descansar da vida real. Halliday (Mark Rylance) buscava isso ao criar o jogo Oasis, porque assim não precisaria falar com as pessoas reais. Escapar é importante, mas não acho que fazemos isso às custas de resolver nossos problemas correntes.
Você se emocionou com as referências que o livro faz a seu trabalho no cinema?
Me senti muito honrado de ver quantos filmes meus Enert Cline foi capaz de incluir ali e também fiquei grato de a história não ter nada a ver exatamente comigo. A busca pelo “easter egg” foi o que realmente me interessou. Quando aceitei o projeto, sabia que não podia fazer desse um espelho de vaidades ao refletir tudo com o qual eu contribuí para a cultura pop dos anos 1980 e 1990. Ao mesmo tempo, não queria que outro diretor usasse meus filmes em outra versão de “Jogador nº 1” que não essa, então pude me envolver por completo.