O diretor artístico do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, anunciou que o serviço de streaming Netflix não poderá concorrer na edição de 2018 da mostra, que acontecerá entre 8 e 19 de maio.
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No entanto, de acordo com a revista «Hollywood Reporter», ainda que a empresa não dispute a Palma de Ouro, poderá exibir suas produções em Cannes.
A proibição acontece porque a plataforma não acatou o pedido para lançar os longa-metragens concorrentes nos cinemas franceses – um pré-requisito para participar do festival.
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«Ano passado, quando selecionamos dois filmes da Netflix [«Okja» e «Os Meyerowitz»], esperávamos poder convencer a companhia a lançá-los no cinema. Mas fui presunçoso: eles negaram», explicou Frémaux.
«As pessoas do Netflix amaram o tapete vermelho e gostariam de estar presentes com outros filmes, mas precisam entender que sua intransigência e seu modelo são opostos ao nosso», acrescentou o diretor.
Ainda assim, Frémaux disse que reavaliará, para as próximas edições, em qual categoria os filmes de streaming se encaixam. «Temos que levar em conta a existência desses poderosos novos participantes do mercado: Amazon, Netflix e, talvez, em breve, a Apple», declarou.
Dentre os figurões de Hollywood, o diretor Steven Spielberg concorda com a medida imposta por Cannes. Ele declarou recentemente que os filmes da Netflix, assim como os da HBO, podem vencer um Emmy – ou seja, um prêmio televisivo -, mas não um Oscar.
Outra exigência estabelecida pela organização de Cannes é o fim das «selfies» no tapete vermelho. Para Frémaux, «é uma prática extremamente ridícula e grotesca», além de atrapalhar a passagem das pessoas.