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Anelis Assumpção mistura astrologia e comida em novo disco Taurina

Caroline Bittencourt/Divulgação

O novo disco da cantora Anelis Assumpção é um compilado de músicas para se ouvir enquanto se prepara o almoço de domingo. Suaves e saborosas, as canções variam entre temas esotéricos e alimentares que funcionam tanto como receita quanto como feitiçaria. “Taurina” é encantador.

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Este é o terceiro disco da carreira da artista, e vinha sendo produzido há três anos. Repleto de metáforas com comida – desde o nome das canções, como “Pastel de Vento” e “Caroço” –, o disco não apresenta inovações sonoras em relação ao estilo que já havia consagrado Anelis, mas faz um arroz e feijão da MPB como há muito não se via.

Embora as canções falem de cozidos de galinha e garrafas de vinho, “Taurina” usa as letras para discutir dramas humanos, histórias de amor abusivas e outros temas ácidos. “Eu amo ele, ele moela”, canta Anelis em “Moela”, por exemplo.

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Os duplo sentidos estão também no título do álbum. De acordo com a cantora, “Taurina”, além de designar as mulheres do signo astrológico de touro – conhecidas pelo grande apetite –, é uma metáfora para a vaca e o que esta palavra representa ao designar uma mulher.

Está no tempero de todo o álbum um amálgama de samba e reggae da qual Anelis é herdeira direta. A cantora é filha do cantor e compositor Itamar Assumpção e faz um tributo ao pai não só indiretamente, com o ecletismo inspirado, mas de modo direto.

O disco termina com uma versão jazzística de “Receita Rápida”, sucesso de Itamar que ganha ainda mais com os backing vocals de Céu e Thalma de Freitas.

Thalma é uma das principais colaboradoras, participando também de “Escalafobética”, uma das melhores canções. O disco tem ainda participações de Ava Rocha, Liniker e Tulipa Ruiz.

Mesmo acompanhada de nomes gigantes, a voz de Anelis é a protagonista, como ela mostra em “Mortal à Toa”. Merecem destaque também “Chá de Jasmin”, “Amor de Vidro” e “Paint My Dreams”.

Entre as 13 canções, porém, a mais emocionante é “Gosto Serena”, uma homenagem de Anelis à irmã, a cantora Serena Assumpção, que morreu em 2016, vítima de um câncer.

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