Conhecida como uma das mais tradicionais companhias de dança de São Paulo, o Ballet Stagium já levou ao palco coreografias inspiradas em ícones da música brasileira que vão de Chico Buarque a Adoniran Barbosa. A inspiração da vez, no entanto, é Chiquinha Gonzaga (1847-1935).
Em “Fon Fon!”, que estreia neste fim de semana, no Sesc Santana, Decio Otera usa parte do repertório da compositora carioca para criar uma homenagem à produção cultural brasileira do início do século 20.
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É daí que vem o nome do espetáculo, tirado do título de uma popular revista de variedades criada em 1907.
As gravações que embalam os movimentos são do tempo dos discos de 78 rotações e ostentam a beleza e a leveza da voz de Aracy Cortes (1904-1985), fazendo de “Fon Fon!” também uma homenagem ao pioneirismo dessas duas artistas que, apesar do preconceito por serem mulheres, não deixaram de fazer sua arte.
Com isso, o espetáculo entra em sintonia com as demais obras da companhia dirigida por Marika Gidali.
Ao longo de seus 46 anos, o Ballet Stagium ficou conhecido por usar seu trabalho para exalar a complexidade social, histórica e cultural do Brasil. Em 2017, o grupo conquistou pela primeira vez apoio do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, criado em 2006, amenizando uma crise financeira que ameaçou sua continuidade nos últimos anos.
Serviço:
No Sesc Santana (av. Luiz Dumont Villares, 579, tel.: 2971-8700). Sábado (16), às 21h; domingo (17), às 18h. R$ 20.