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Björk constrói universo lírico em novo álbum

Divulgação

Não é muito difícil perceber que “Utopia”, 10º álbum de estúdio de Björk, é uma obra, no mínimo, incomum.

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A começar pela capa, que traz uma foto da cantora e compositora coberta por uma pesada e extravagante maquiagem, com cores extremamente vibrantes e um penteado que chama a atenção de qualquer um.

A canção “Arisen My Senses” abre o disco com tímidos sons de pássaros e instrumentais com uma sonoridade distorcida, situando o ouvinte na excêntrica e sublime atmosfera do novo trabalho da artista.

Além de sua distintiva voz, Björk sempre é lembrada pela personalidade que foge do comum, associada a desvarios que dialogam diretamente com as artes visuais.

A artista nasceu em 1965, na Islândia, e começou a fazer um estrondoso sucesso já com seu primeiro disco, intitulado “Debut”, lançado em julho de 1993.

Desde então, Björk recebeu 14 indicações ao Grammy Awards e até se aventurou no cinema ao protagonizar “Dançando no Escuro”, filme de 2000 dirigido por Lars von Trier.

Contando, em boa parte de suas faixas, com a colaboração do produtor musical Alejandro Ghersi, popularmente conhecido como Arca, o disco não é apenas para ser ouvido, mas também sentido. As músicas apostam na construção de uma atmosfera sonora lírica e calma, mas que também causa inquietação pela estranheza.

Ao longo das 14 composições, Björk canta sobre temas como altruísmo, música e paixão a partir de letras filosóficas e abstratas, sempre levadas à vida pelo singular timbre da voz da artista.

“Utopia” é um projeto que convida o ouvinte mais à contemplação do que ao entretenimento e, por isso, oferece uma experiência sensorial que beira o místico.  

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